• search
  • Entrar — Criar Conta

Macaiba: Academia de Letras completa 10 anos

A Academia Macaibense Letras está completando 10 anos de existência ativa, restituindo à velha cidade norte-riograndense sob a égide da poetisa Auta de Souza, que denomina uma das cadeiras, criada por Jansen Leiros Ferreira e atualmente ocupada por Ana Laudelina Ferreira Gomes.

*Da Redação

[email protected]

Terra de escritores como Henrique Castriciano, fundador da Escola Domestica de Natal, Octacilio Alecrim, fundador do Proust Club do Brasil, no Rio, do historiador Tobias Monteiro, fundador do Jornal do Brasil, que fez historia e dos irmãos Renard e Rossini Quintas Perez, escritor e gravador, teve grande relevância econômica e abrigou por muitos anos o primeiro porto do RN.

Sobre o evento ouvimos o seu atual presidente, o historiador Anderson Tavares de Lira, que respondeu às questões  propostas pelo do Fundador de Navegos. Eis abaixo o que ele nos conta.

Como surgiu a Academia Macaibense de Letras?

– No ano de 2008, fundamos em Macaíba um grupo denominado Sempre Macaíba, que reunia amigos em bate papos sobre a cidade. Naquele ano, Macaíba passava por um momento de estagnação cultural oficial bastante acentuada. Nossos valores culturais estavam sendo esquecidos, relegados a segundo plano por uma administração alheia aos nossos valores. Não existia políticas culturais, embora a cidade fervilhasse sob os mais variados aspectos da cultura. Odiléia Costa e Anderson Tavares de Lyra chegaram a coligir estatutos e regimentos internos de instituições congêneres com o objetivo de apresentar ao grupo para discussão no 5º encontro que realizou-se em julho de 2008.

A discussão foi retomada em julho de 2009, por Jansen Leiros, Anderson Tavares de Lyra, Olímpio Maciel, Valério Mesquita, Rui Santos, Racine Santos, Cícero Macedo, Odiléia Costa e Raimundo Ubirajara Macedo, oportunidade em que foram discutidas propostas para o nome da entidade, apreciação do esboço do estatuto da Academia, indicação provisória de nomes para os patronos e acadêmicos, provisoriamente em número de vinte e aumentada para vinte e oito nas reuniões seguintes.

A partir dessa amálgama, que nos lançamos à busca dos elementos fundamentais para o lançamento da primeira pedra, dando início à tarefa de buscar amigos, convidá-los à participação neste trabalho, apesar das dificuldades encontradas.

Quais foram os principais obstáculos a serem vencidos?

-Ter uma sede, onde pudéssemos nos reunir, manter nosso arquivo e biblioteca.

Onde os membros se reúnem?

-Nossa primeira sede foi o histórico Solar Caxangá, construção de 1855; atualmente, ocupamos parte da Casa de Cultura de Macaíba, outro casarão histórico da cidade. Lá temos nosso arquivo, sala de reuniões e a biblioteca “Acadêmico Ivoncísio Meira de Medeiros”, composta de cerca de quatro mil volumes, dentre os quais, a biblioteca pessoal do patrono Ivoncísio e do professor aposentado do Departamento de História da UFRN, Walner Barros Spencer.

Como se mantém?

-Através de anuidades dos acadêmicos e, muito esporadicamente, convênios com entidades privadas.

 Quais são os seus objetivos?

-Os objetivos da Academia são definidos estatutariamente: tem por finalidade a preservação e a divulgação do vernáculo, da literatura, e da atividade cultural em seus múltiplos aspectos, científico, histórico e literário, podendo participar de iniciativas úteis ao desenvolvimento cultural do município de Macaíba, do Estado do Rio Grande do Norte e do Brasil.

– Como a academia contribui para a grandeza da cidade?

A Academia fez ressurgir na cidade o sentimento de pertencimento. O orgulho de ser macaibense e isso gerou pontos positivos sob vários aspectos na nossa sociedade. Muitos jovens nos procuram, já escrevendo contos e poesias. Existe um movimento de renovação cultural significativo após a fundação da Academia de Letras. Trouxemos a tona discussões sobre o aniversário da cidade, em análise na câmara de vereadores, organizamos, também, o primeiro encontro de História de Macaíba, e lançamos o livro A Macaíba de cada um.

Desenvolvemos o projeto um encontro com o acadêmico, no qual professores e estudantes poderão discutir com o acadêmico, aspectos de sua vida literária, sua vivência em Macaíba e a história do seu patrono.

Já lançamos dez volumes com o Elogio a Patrono, biografia escrita pelo fundador ou sucessor dos patronos e patronesses das cadeiras, distribuídos nas escolas de Macaíba.

Atualmente, estamos organizando um Memorial, em parceria com o Instituto Tavares de Lyra, familiares e admiradores, que busca reunir o maior número de objetos pertencentes a Auta de Souza, assim como livros, tccs, dissertações e teses sobre a poetisa macaibense. A Academia Macaibense de Letras é hoje a maior referência cultural no município.

Qual o significado do brasão da academia?

-O brasão da academia possui um escudo tradicional dividido em três esmaltes: no canto superior esquerdo, o amarelo, no qual consta a reprodução do livro “Horto” de Auta de Souza, no canto superior direito, o banco, onde se vê a palmeira Macaíba plantada por Fabrício Pedroza, e, no canto inferior, o azul, onde está representado o balão “PAX” de Augusto Severo. O brasão é ladeado pelos louros da sabedoria e possui uma faixa com as três cores esmaltadas representadas no brasão com uma inscrição em latim: “Ecce Cultura, Humanitatis Gloria” (Eis a Cultura, Glória da Humanidade). O brasão é encimado pelas letras AML – Academia Macaibense de Letras.

Casa de Auta de Souza, como se deu essa homenagem?

-Como atual presidente, no dia 20 de junho de 2020, em lembrança pela passagem dos 120 anos do lançamento do livro Horto, declaramos a Academia Macaibense de Letras – CASA DE AUTA DE SOUZA, comumente como outras academias já fazem essa distinção a uma personalidade literária de relevo em sua térrea. Vale destacar que a Academia, por decisão de todos os seus membros, nasceu tendo Auta de Souza como patronesse maior.

Quais foram as diretorias da Academia?

-Ao longo desses 10 anos de história, a AML teve as seguintes diretorias:

DIRETORIA: 2010-2012

Presidente: Jansen Leiros Ferreira

Vice-Presidente: Cícero Macedo

Secretário: Anderson Tavares de Lyra

Tesoureiro: Raimundo Ubirajara de Macedo.

DIRETORIA: 2012-2013

Presidente: Cícero Macedo;

Vice-Presidente: Olímpio Maciel;

Secretário: Anderson Tavares de Lyra;

Tesoureiro: Armando Holanda.

DIRETORIA: 2013-2017

Presidente: Cícero Macedo;

Vice-Presidente: Olímpio Maciel;

Secretário: Anderson Tavares de Lyra;

Tesoureiro: Armando Holanda.

DIRETORIA: 2017-2021

Presidente: Anderson Tavares de Lyra;

Vice-Presidente: Armando Holanda;

Secretário: Cícero Macedo;

Tesoureiro: Maria Luzinete Dantas Lima.

Quem a compõe e suas respectivas cadeiras?

-Fundamos a Academia com 28 cadeiras. Ao longo desses 10 anos, fomos gradativamente aumentando até as 40 cadeiras. Assim distribuídas.

Cadeira/Patrono Acadêmico/Fundador/Sucessor
01. Abel Freire Coelho João Marcelino
02. Alberto Maranhão Carlos Roberto de Miranda Gomes
03. Augusto Severo Valério Alfredo Mesquita
04. Augusto Tavares de Lyra Anderson Tavares de Lyra
05. Auta de Souza Ana Laudelina  Ferreira Gomes

Jansen Leiros Ferreira

06. Clóvis Jordão de Andrade João Batista Xavier de Sousa
07. Dário Jordão de Andrade Ivan Maciel de Andrade
08. Edilson Varela Ivoncísio Meira de Medeiros
09. Eloy Castriciano de Souza Olímpio Maciel
10. Estefânia Mangabeira Sheyla Maria Ramalho Batista
11. Henrique Castriciano de Souza Racine Santos
12. Hiram Pereira Júscio Marcelino de Oliveira
13. Enock Garcia Roosevelt Meira Garcia
14. João Alves de Melo Augusto Maranhão

Rivaldo de Oliveira

15. João Chaves Rui Santos da Silva
16. João Angyone da Costa Nássaro Antônio de Souza Nasser
17. José Leiros Wellington de Campos Leiros
18. José Melquíades de Macedo Raimundo Ubirajara de Macedo

Vaga

19. Luis Tavares de Lyra Armando Roberto Holanda Leite
20. Maria de Lourdes Cid Maria de Lourdes Alves Leite
21. Meneval Dantas Odiléia Mércia Gomes da Costa
22. Murilo Aranha Osair Vasconcelos de Medeiros
23. Maria Alice Fernandes Yvete Leiros
24. Octacílio Alecrim Cícero Martins de Macedo Filho
25. Sophia A. de Lyra Tavares Maria Arisnete Câmara de Morais
26. Maria Terceira Alecrim Dantas Elizabeth Mafra Cabral Násser
27. D. Joaquim Antônio de Almeida Maria Neta Peixoto de Lima
28. João Meira Lima Claudomiro Batista de Oliveira Junior

Ivoncísio Meira Medeiros

29. Arcelina Fernandes Maria Luzinete Dantas Lima
30. Nazaré Madruga Vaga
31. Rivaldo de Oliveira Manoel Firmino de Medeiros

Aldo da Fonseca Tinoco

32. Deyse Ribeiro de Oliveira Sebastião Palhares de Freitas
33. Cícero Moura Heverton Fernandes Duarte
34. José Nunes Cabral Zivanilson Teixeira da Silva
35. José Jorge Maciel Alberto Josuá Costa
36. Aguinaldo Ferreira da Silva José Acaci Rodrigues
37. Mírbel Dantas Francisco Barbosa do Nascimento
38. Jessé Pinto Freire Nelson Hermógenes de Medeiros Freire
39. Hélio Xavier de Vasconcelos Hailton Mangabeira
40. Rosemiro Robson da Silva José Humberto da Silva

Vaga