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Voo de pato

Em troca de um mandato de senador, ex-prefeito de Natal vira liderado da governadora e se torna campeão do repúdio popular, correndo o sério risco de amargar mais um monumental fracasso eleitoral em 2022.

*Franklin Jorge

Repercurtiu mal e porcamente o oportunismo do ex-prefeito de Natal que, em troca de apoio para a conquista de um mandato incerto de senador, declarou-se comunista e, por deboche, está sendo apodado nos meios jornalístico e político de “Camarada Carlos”. Na verdade, sua nova peripécia está sendo considerada por adversários e correligionários, “um tiro no pé”.

Sem contar que está sendo mal acolhido pela cúpula do PT, ao filiar-se ao PCdoB, um partido de aluguel, jurássico e antidemocrático, caudatário de crimes e genocídios históricos. Como político, o ex-prefeito de Natal parece mirar somente o próprio umbigo, sem nenhuma consideração às reivindicações e aspirações de um eleitorado que só vale a cada eleição pelo voto que dá.

Quando surgiu, pilotando um mandato de deputado estadual, pareceu a significativo número de potiguares uma esperança nova. Ao criar as Centrais de Cidadão que preencheram uma lacuna e facilitaram a vida de milhares de norte-riograndenses que passara a ter em um sóçfísico a solução de problemas do dia a dia.

Foi o seu tour de force como político que tem se diminuído no conceito popular e se avacalhado na medida em que se despe de frágeis critérios e princípios que põem em dúvida seu próprio caráter. Está cada vez mais claro para todos que ele venderia a própria alma em troca de um mandato

Rapaz rico, sem emprego formal como os seus primos e demais políticos profissionais do Rio Grande do Norte, durante a pandemia escondeu-se, fugiu da raia, ao assistir de sua varanda sobre o mar o desespero de milhares de potiguares aterrorizados pelo vírus do Covid 19, pela ausência da governadora e inexistência de política de saúde pública em um grave momento da nossa história. Não tem o perfil talhado do líder autentico. É somente  alguém que se esconde em momentos de crise, sem consideração pelos norte-riograndenses.