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Manoel Cavalcante no País dos Cafundós

Cordelista e improvisador, jovem poeta pau-ferrense dá continuidade a uma tradição de poesia satírica que teve que teve no assuense Renato Caldas um de seus maiores expoentes no Rio Grande do Norte.

*Franklin Jorge

Nascido em Pau dos Ferros em 1990, Manoel Cavalcante de Souza Castro é uma novidade no mundo da poesia. Membro da Academia de Literatura de Cordel, com 11 livros publicados, 21 cordéis e mais de 100 premiações, apresenta-se em recitais dentro e fora do Rio Grande do Norte, como um dos talentos de sua geração. É formado em Odontologia pela UFRN, pós-graduado em Saúde da Família e faz Pedagogia na UERN, em Assú.

Autor de O País dos Cafundós, versos que confirmam o seu talento, é dotado de uma verve rápida, leve e certeira; nada escapa ao olho de sua musa satírica. Sobretudo no que se refere ao governo do presidente Jair Bolsonaro, culpado de tudo.

Eis a seguir uma amostragem de seu talento e uma crítica certeira aos desmandos de tiranos togados:

Entre as sentenças mais ágeis

E as influências que eclodem,

Se aplica a Lei sobre os frágeis,

Justiça tem… os que podem.

Num chão de juristas pródigos,

Num país que os réus são reis,

Se sobram leis pelos códigos,

Falta justiça nas leis.