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Marasmo, mesmice e abandono da cena urbana

Nada melhor para os políticos profissionais da cidade do que uma cultura serviçal, baseada na fugacidade.

*Franklin Jorge

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A previsibilidade rotineira que permeia tudo em Natal, onde já tivemos de tudo e um pouco mais.

No âmbito da cultura, tudo se resume a uma cultura de eventos insalubres e marasmenta como uma ressaca.

Tudo acaba em festas e folguedos. E alguns imprevistos.

É uma cultura desprovida de conhecimentos. Morre no esforço de se existir. Vira-se como uma página velha, lida e relida, a ponto de a sabermos de cor. Sem tirar nem pôr. Uma mão na roda para gestores conformistas que compram banana descascadas, em bandejas, no Supermercado. Como Dácio Galvão. Isaura Amélia Rosado. E O Compositor de Uma Nota Só. Que ministrou curso de doutorado em Filosofia do Direito em uma universidade local, sem ter os títulos acadêmicos necessários, conforme o Ministério da Educação, que detectou a fraude e pôs fim ao formidável engodo milionário. A muito custo conseguiram abafar o escândalo que lesou àqueles que quiseram fazer essa pós-graduação.

Não há provas de vida inteligente em nosso meio cultural, uma terra inóspita e desolada, cheia de empulhações e requebros de macróbios. Uma Comarca de personagens ansiosos que, só por se agitarem, já nos provocam um frouxo de riso.

Em mais de vinte manos manietando a vida cultural da cidade à vontade, sem questionamento e fracassos cumulativos que expõem o despreparo de nossos gestores juramentados pela incúria de governantes de cara lisa, presumivelmente assessorados por Vicente Serejo.