*Franklin Jorge
Quando deixou o Ministério da Justiça e Segurança, obnubilado pela paixão decorrente da admiração que como outros brasileiros sentia pelo juiz Sérgio Moro na condução dos julgamentos da Lava Jato, sem dúvida trilhei o caminho errado. Levei tempo para perceber quem é de fato o juiz de duas caras.
Felizmente o tempo – que é o senhor da razão conforme a crença generalizada -, fez-me ver que me deixara equivocar em minha capacidade de julgamento, ao perceber apenas um lado dessa moeda azinhavrada que por algum tempo brilhou e nos confundiu a todos; pelo menos a um número significativo de brasileiros que ansiava pela aplicação da lei e a punição exemplar de criminosos, como o delinquente e chefe de quadrilha que ocupou por duas vezes ocupou o governo e sorrateiramente urdiu a falência de instituições republicanas ao nomear para a mais alta magistratura do país, em vez de juízes, sequazes que atropelando a Constituição que deviam guardar e proteger se tornaram tiranos e carrascos da democracia.
Sim, errei, e humildemente o reconheço. De Sérgio Moro – que se apresenta agora como candidato à Presidência da República – nele enxerguei apenas, como outros brasileiros, o juiz implacável que fazia valer a lei, sentenciando criminosos e traidores do povo, e não sua condescendência em relação a outros que mereciam também ir a julgamento por seus atos criminosos. Enfim, diante da avalanche de fatos incontestáveis, percebemos a verdade nua e crua. O PSDB, como quadrilha e organização criminosa, só se distingue do PT pela origem aristocrática ou patriarcal de seus membro, oriundos da casa-grande e não dos piquetes de militantes sindicalizados.