*Franklin Jorge.
De uns tempos para cá tenho recebido a notícia comentada por um leitor que parece ter um nome que cheira a heterônimo ou pseudônimo, Messias Patriota que nos delicia com juízos sobre blogueiros e jornalistas como Thaísa Galvão, Flavio Marinho, Gustavo Negreiros, Vicente Serejo, BG e outros do mesmo naipe, cotados na pedra do mercado midiático local.
Em um inquérito discreto e teimoso, nada consegui reunir de informações sobre Messias Patriota, cujo nome desperta-me a suspeita de tratar-se de um pseudônimo ou heterônimo de um observador sagaz, atento à comedia natalense e a personagens que se pintam com as tintas da galhofa e do ridículo.
Confesso meu vício na leitura da crítica espirituosa que ele faz do que acontece nesta taba que lembra mais um quixó, aquela armadilha que o sertanejo faz para capturar preás nas caatingas e tabuleiros, no desespero de amenizar sua fome e a de sua família que serve de repasto a políticos espertos que passam bem com a miséria alheia.
Além dos políticos e jornalistas, Messias Patriota se detém às vezes na análise de personagens que saltitam nos bastidores da nossa cultura, como o pseudopoeta e gestor cultural de fancaria Dácio Galvão, que em matéria de hormônios senis desorientados faz dupla dinâmica com a Perereca de Mossoró, narcisistas mórbidos e experts ambos no desfrute da verba pública -que de pública não tem nada, pois oriunda e filtrada dos suores do contribuinte.
Comentando notícia publicada no blog de Flávio Marinho sobre noite de autógrafos do megalomaníaco bancado com dinheiro público, também conhecido no submundo da cultura local como Lacrau Jr, perpétuo donatário da cultura natalense, graças a libido de uma e imprevidência de outro de seus mais fieis e diligentes protetores. Comentado pela verve pontiaguda e estilo conciso e preciso desse crítico cultural de longo alcance, eis uma amostra da importância do bambam da capitania:
“Sinto tremor
Quando vejo a flor
De isopor… Poesia?
E miraremos marolas”.
Pronto, escrevi. Antes que meu silêncio me agrida.