“Prezado amigo e confrade da SPVA, Sandemberg Oliveira”
“Quando li o seu pretenso e livre Manifesto em Defesa da Cultura Potiguar, rebati quase que imediato, e mais profundamente, com a simples expressão “são equívocos, no campo da temporalidade, e no campo do mérito”, leiam por favor, a minha argumentação, literalmente, aberta ao Debate:
“1-Equívoco flagrante de temporalidade: No segundo parágrafo do seu texto há uma referência à apresentação do Plano Estadual de Cultura pautado no ano de 2012, na Assembléia Legislativa do RN, pelos valorosos Deputados, Ubaldo Fernandes e Francisco do PT, e pela Deputada Isolda Dantas. Ora, os nobres Parlamentares bem que queriam terem sidos eleitos na naquela época, mas na verdade eles foram eleitos em 2018!!!
“Vou relatar aqui a verdadeira história da temporalidade e tramitação do Plano Estadual de Cultura do RN:
“No dia 22 de Agosto de 2014, o Governo da época, Rosalba Ciarline, enviou a Mensagem 114/2014, que versava sobre a criação do Plano. Acontece que essa Mensagem não tramitou pelas Comissões da Assembleia Legislativa e já completou mais de cinco anos do seu envio, ultrapassando o seu dispositivo de Revisão, que seria de quatro em quatro anos.
Preocupados com essa questão, a Fundação José Augusto, a Sociedade Civil, e os Deputados Ubaldo, Francisco e a Deputada Isolda, organizaram, promoveram e divulgaram uma histórica Audiência Pública, no dia 27 de novembro de 2019, com a Mesa repleta de Representações e com o Auditório lotado de participantes espectadores.
“Terminado o Ano Legislativo de 2019 e agora, entrando o Ano parlamentar de 2020, a Governadora Fátima Bezerra requereu constitucionalmente a Retirada do Plano antigo e que já tinha extrapolado toda a sua funcionalidade. Uma Comissão foi legalmente constituída pela FJA e essa Comissão se debruçou para trabalhar um texto atualizado, ajustado e preservando o mérito das propostas amplamente discutidas pela Sociedade Civil. O próximo passo, quando a Pandemia assim nos permitir, será a nova Mensagem chegar na ALRN e começar o processo democrático de escuta e discussão com a Sociedade.
“2-O equívoco lamentável do mérito: Ora, meu caro companheiro das Artes, Sandemberg, com tantos problemas e discussões urgentes e relevantes no Município de Natal, na Prefeitura de Natal, e eu chamo a atenção desse ponto, porque você é Pré Candidato a Vereador e Membro do Conselho Municipal do Livro, porque você está focando na crítica Estadual e específica à Governadora do Estado, à FJA, ao Plano Estadual de Cultura??!! Ressalvadas à sua liberdade de crítica estadual mas no Município de Natal tem Plano Municipal de Cultura para avaliar; tem Programas Municipais para avaliar e enfim, tem centenas de perguntas a fazer ao Gestor Municipal, como por exemplo, como estão sendo tomadas as medidas emergenciais para a Cultura nesse momento de Pandemia??!! Fica aqui essa crítica reflexiva sobre o mérito desse Manifesto, observando mais uma vez, a sua liberdade de expressão de escrita e fala, mas também deixando o espaço democrático para que possa receber as devidas críticas sobre o seu pretenso Documento. Que venha o debate!!!
(a) Aluízio Matias, membro da Câmara Setorial do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca.”
Em poucas linhas, Sandemberg responde a ataque descabido e reafirma seu compromisso com a Cultura
“Meu caro Aluízio, muito grato pela crítica, muito me alegra ler suas colocações. As informações contidas nesse manifesto foram apuradas dentro do legislativo. O texto, ao citar os respectivos deputados, faz alusão ao que são na esfera política. Apenas aludi ao fato de ter obtido essa informação da relação deles para com o Plano. Quanto ao tempo, não poderia deixar de registrar a lenta velocidade que tantos gestores conduzem a implementação de um documento tão útil. Mesmo que sua retirada pela governadora seja com o intuito de refazê-lo, não podemos deixar de nos preocupar com mais anos de espera, mas não posso deixar de evocar minhas preocupações com a cultura. Quanto ao Plano Municipal, também venho estudando muito, principalmente pela linguagem literária que tanto defendo, luto e amo. Sei que estando pré-candidato, mesmo que seja no âmbito municipal, não me tira jamais a condição de reclamante da cultura que veste meu Estado e Município. É óbvio que sendo municipal, minha ótica se aprenderia a essa esfera, pelo tanto que pretendo. Fiz alusões honrosas a FJA, posto que é detentora de grandioso trabalho junto às políticas públicas culturais, mesmo diante da necessidade de um Plano Estadual.”
(a) Sandemberg Oliveira, membro do Plano Municipal do Livro, da Leitura e da Literatura