*Da Redação
O defensor público Serjano Marcos Torquato Valle demonstrou seu estranho amor às mulheres ao afirmar que mulher bolsonarista não pode reclamar se levar dedada exatamente naqueles lugares em que o pudor me constrange a não mencionar.
A atitude é semelhante àquela da médica Gabriela Munhoz, que vazou dados sigilosos da ex-primeira-dama dona Marisa Letícia da Silva.
É semelhante porque demonstra a desumanidade a que podemos chegar ao colocarmos em primeiro lugar nossas escolhas políticas. Se há alguma possibilidade de humanização através da política, dia após dia, no Brasil, é demonstrado que não.
A política brasileira, em qualquer instância, está desumanizada. Petistas e bolsonaristas se comportam como “farinha do mesmo saco”. Devem, no entanto, conviver com a verdade humilhante sobre seus líderes: um, é covarde e o outro, um ser que deseja, como já confessou, vingança.
Ambos os lados produzem seus monstros. A asquerosa fala do petista não é um fato isolado, é apenas mais um item no sanatório político brasileiro. Vai passar? Quem sabe?
O brasileiro descobriu que odiar é catártico. É bom. É como um alívio de um problema, sua resolução. As redes sociais se mostram como uma vitrine para a escolha da próxima vítima.
Pode ser um bolsonarista. Um petista. Um negro. Pode ser ninguém específico, o ódio não precisa de caras definidas, sobretudo nas redes. Basta ter o desejo e atirar para todos os lados.
Porque o inimigo não é mais humano, é apenas o inimigo.
Escute o áudio do defensor público abaixo.