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Mulher trans é torturada pelo regime cubano

‘Sim, eles a maltrataram’, denuncia a mãe da prisioneira política do 11J, Brenda Díaz. Ana María García, mãe da transsexual presa pelos protestos do 11J em Cuba, denuncia que sua filha foi enviada para uma cela de castigo por suposto tráfico de álcool.

*Diário de Cuba

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A presa política do 11J Brenda Díaz foi vítima de maus-tratos e foi levada para uma cela de castigo na prisão Cuba-Panamá para pacientes com HIV-AIDS , na província de Mayabeque. Ana María García, mãe de Díaz, denunciou a situação da filha.

“Não vou permitir que eles (as autoridades penitenciárias) continuem fazendo o que querem”, disse García ao DIARIO DE CUBA.

“O que aconteceu com Brenda foi supostamente uma confusão. Eles estavam traficando álcool na prisão, e alguém disse que era minha filha e a levaram algemada para uma cela de castigo, cela de castigo! Eles perceberam o erro e a tiraram da cela de castigo. Depois, quando ela me contou sobre o abuso, eles a colocaram de volta”, explicou ela.

A mãe da presa política afirmou que, embora “já a tenham tirado” da cela de castigo, quer destacar que “eles a maltrataram”.

“Ontem fui à Direção de Estabelecimentos Penitenciários e na próxima quarta-feira vou falar com o chefe da prisão que, como tenho visita, marcaram-me uma entrevista com ele”, acrescentou García. .

“Minha filha não consome bebidas alcoólicas, minha filha não fuma, minha filha não toma café”, alertou García desde a primeira denúncia que fez publicamente em 1º de janeiro deste ano em suas redes sociais, nas quais também se dirigiu a Camilo Arzuaga Ávila, chefe da prisão Cuba-Panamá .

“Pegaram-na arbitrariamente, agarraram-na pelo pescoço, colocaram-na numa cela de castigo com as shakiras (algemas)”, sublinhou.

Brenda Díaz é uma pessoa trans presa em Cuba pelos protestos antigovernamentais de julho de 2021 , conhecidos como 11J. Ela foi condenada a 14 anos e sete meses de prisão sob a acusação de sabotagem, desordem pública e desacato.

Em abril passado, Díaz também recebeu uma sentença de sete meses pela acusação de desacato. Em Fevereiro passado, ela relatou que foi espancada na prisão por um agente que identificou como Frank. No entanto, ela acabou sendo a acusada em tribunal.

Após a denúncia de Díaz, Mariela Castro, filha de Raúl Castro, garantiu que “o preso político está muito bem”, mas numa prisão masculina: Cuba não admite pessoas trans. O diretor do Centro Nacional de Educação Sexual de Cuba (CENESEX) também garantiu à agência EFE em maio do ano passado que o caso de Brenda é uma “história exagerada e cheia de fantasias”.

“Brenda está muito bem lá”, na seção masculina de uma prisão cubana para pessoas com HIV, “ele não sabe que é uma figura midiática que inventaram contra Cuba.” – Mariela Castro, após ser interrogada sobre alegações de abusos na prisão contra Díaz e sua mãe.

Díaz negou a versão oficial sobre sua situação na prisão. “Aqui a comida é horrível, estragada, não tem quem coma”, disse ela em um áudio que sua mãe publicou e no qual fazia referência à comida que recebe na prisão e no qual também é ouvida afirmando que estava cansada das “falácias” do regime. “Não há nem duralgin** para me dar”, acrescentou.

 

 

**NOTA: remédio contra dor de dente.