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Multi-artista descreve o deserto de homens chamado Natal

Nesta série de entrevistas, desvenda Josivan Alves Pereira mais um milímetro do abismo cultural que suga o futuro do povo norte-riograndense.

*Franklin Jorge

Quais os principais obstáculos com que se deparou em nossas em seu esforço de fazer a despeito das limitações?

Josivan Alves Pereira, por três Anos e meio na Sala Natal, tornou-se muto prestigiado pela direção do Parque da Cidade, representado pelo sr, Carlos da Horam excelente gestor. -Por mais que o artista tenha que se preparar tecnicamente para elaborações de projetos, para captação de recursos para seus projetos, as leis de incentivo a cultura do estado ainda limitam o acesso aos patrocinadores, concorrendo com os artistas. Muitos captadores e proponentes acabam desistindo, cansadas pela burocracia.

Para Josivan, experiente no assunto, diz que o artista tem que se preocupar em desempenhar sua arte. Essa parte a parte de construir projetos deveria ter uma assessoria, técnica, um departamento, ou equipe que auxiliassem ao artista a elaborar um projeto e subsidiá-los nos negócios. Talvez nosso maior obstáculo não seja a burocracia, e sim, como integrantes da instituição, não conseguirmos nos aproximarmos duma secretaria que deveria nos dar toda assistência e recursos necessários para o desenvolvimento de projetos culturais o secretário sem dúvida jamais terá pensado

Que diferencia Natal de Parelhas em gestão cultural? Relevando-se os limites naturaIs do município.

infelizmente a realidade de Parelhas não é diferente do comportamento dos gestores da cultura ao tratar os artistas, nomeados sem perfil, nem técnica que o cargo merece, assim dificulta a convivência com os agentes culturais, pouco ou não dialogam. Não há trocas de ideias e inciativas impostas, investimento de apoio restritos a pequenos grupos, geralmente bajuladores que acariciam o ego do gestor.

Como Parelhas perdeu o apoio do Banco do Nordeste, que investiu na cultura local e surgimento de novos talentos? Como isto ruiu??

Em 2012 a cidade de Parelhas foi contemplada com um equipamento cultural chamado Espaço Nordeste, inciativa apoiada pelo Banco do Nordeste, sendo a mesma única do estado.

Para os artistas da cidade uma conquista, para alguns políticos um troféu, resultado de suas influências e motivo de orgulho quando estava aberto ao público e funcionando. Do processo de seleção até a enceramento das atividades culturais, o espaço funcionou com a minha assessoria, chegando a ser exemplo de qualidade e economia para outros espaços em outras cidades da região nordeste.

Em menos de um ano de atividade, o banco mudou de coordenação e suas prioridades, sendo a cultura a partir daquele momento despesa e foram cortado o investimento que mantinha o funcionamento dos espaços, após  reuniões  com artistas e poder publico, a instituição financeira sugeriu entregar a responsabilidade e despesas dos equipamentos as prefeituras, deixando com as mesmas todo equipamento, moveis, computadores, sala de leitura(tudo).caso quisessem continuar com o projeto.

Porem 99% dos prefeitos não se interessara em continuar e com o passar do tempo o banco do Nordeste recolheu os equipamentos e os espaços fecharam e continuam sem funcionamento na área cultural até os dias atuais, enquanto os políticos que se vangloriavam que trouxeram o espaço cultural para cidade, esqueceram e não falam mais no assunto.

[Continua depois]

Josivan em apresentação em escola de Maxaranguape.