*Da Redação
Autorizada pela Diretora do Instituto Ludovicus, Daliana Cascudo, neta do escritor, passaremos a publicar semanalmente crônicas de autoria do polígrafo Luis da Câmara Cascudo (1898-1986), reunidas no livro Actas Diurnas, selecionadas por Franklin Jorge, por encomenda do jornalista Cassiano Arruda Câmara, que através de seu jornal O Jornal de Hoje, em coedição com a Federação da Industria, patrocinou a edição em 2011. Uma bem cuidada edição que teve o dedo do jornalista Adriano de Souza e teve designer gráfico de Paulo Moreira, da Agencia Firenze, obra já praticamente esgotada.
Actas diurnas era o nome da coluna mantida pelo futuro autor de Civilização e Cultura e de outras obras quem engradecem a inteligência potiguar durante anos de sua prática jornalística em publicações como A República e A Imprensa, jornal criado e mantido por seu pai, o Coronel Francisco Cascudo, para que o filho pudesse praticar a escritura.
O livro em questão traz textos de apresentação de Anna Maria Cascudo Barreto e Franklin Jorge, que selecionou as crônicas que deviam, a princípio, enfocar o desenvolvimento econômico de Natal, mas acabou se tornando mais abrangente e abordando temas pouco conhecidos da historia da cidade, como a Guarda Negra, formada com o fim da escravidão, constituída unicamente de afrodescendentes, uma ideia que praticamente morreu no nascedouro, como é de praxe em Natal.
Precedemos a colaboração com a publicação dos textos introdutórios e a primeira crônica da serie que enriquece sobremodo a nossa cultura. Publicaremos também notas de uma entrevista inédita com o organizador do livro, feita pelo jornalista Silvio Andrade, para O Novo Jornal, que não chegou a ser publicada porque o autor se encontrava em alto mar e ocorreu problemas de comunicação.
