*Franklin Jorge
Com o fim do governo da sindicalista Fátima Bezerra, encerra-se também um ciclo na espécie de jornalismo que se pratica aqui há muitos anos e que se fortaleceu e se ramificou por toda a parte, através da Blogosfera, sob a chancela de propagandistas de aluguel que não parecem levar em conta que além deles há também pessoas dotadas de alguma inteligência e discernimento para sopesar e avaliar os fatos, separando por esse processo natural a verdade da mentira. Já não é mais possível que alguém, em sã consciência ou por mais esperta que seja, possa iludir-se pensando que velhos jornalistas calejados na defesa de governantes de plantão, blogueiros e influencers sem fé possam continuar a distorcer os fatos, ao vender-nos a atual governadora como uma bela mulher e o prefeito de Natal como competente e sério.
Faz-se necessário reconhecer um fato irrisório e medonho: com o advento e a supremacia da Internet sobre os demais meios de Comunicação, passou a vigorar um novo Regimento que, ao fazer a maioneses dos poderosos desandar, acabou por desafinar o coro dos contentes.
Quem acreditaria hoje nas peripécias de jornalistas como um Vicente Serejo, por exemplo, cujo portifólio inclui, nos últimos 30 ou 40 anos, todos os detentores de poder, por ele aclamados e, as vezes até, alvos de críticas leves e inofensivas, empregadas com esperteza apenas como um expediente capaz de dar credibilidade e consistência ao elogio e ao aplauso costumeiros?
Quem levará a sério a critica ou o elogio proferidos por quem goza de tão baixo conceito entre os leitores, sobretudo de leitores que sabem ler e escrever e tem acesso às Redes Sociais para refutar ou simplesmente difundir suas ideias, por tronchas que sejam?
Tudo mudou, embora os políticos continuem os mesmos, sem se aperceberem que a verdade não pode ser fabricada a partir de argumentos falsos. Assim, por mais habilidade que possa reunir o mais astucioso dos manipuladores, jamais conseguirá fabricar a partir das carcaças de beldades como Fátima Bezerra e Dilma Rousseff, dar-nos uma cópia de Elizabeth 2ª…
