*Alexsandro Alves
É um tema comum no século XV. Nossa Senhora com o menino Jesus, como em A Virgem de Melun, de 1450, do francês Jean Fouquet:
Nos séculos posteriores, esse tema ganharia algumas variações, sendo incorporados à cena outros personagens, como seu primo, também menino, o pequeno João Batista ou um anjo. Assim o tema é também encontrado em Leonardo da Vinci, por exemplo, na Virgem dos rochedos, de 1508:
De preferência, a cena deveria ser exterior, ao ar livre, para sublinhar o descontração do momento, embora a marca maior fosse a religiosidade.
A depender da época, era dada atenção mais aos aspectos humanos de Maria, noutra, na simplicidade das crianças retratadas. Mas um aspecto deveria ser observado: a simplicidade de Nossa Senhora enquanto mãe.
Poderia haver algumas variantes como essa, também de da Vinci, executada em 1510, era a obra preferida de Leonardo, a que ele mais amou pintar e nutria grande admiração, mas, não conseguiu concluí-la, A Virgem, Sant’Anna e o Menino:
O sfumato atinge um ponto culminante com esta obra inacabada, as figuras emergem sem contorno claros, esfumaçadas.
Em 1520, Francesco Melzi, aluno de Leonardo, executa uma versão bastante similar à versão do seu professor:
Também em Botticelli, embora João Batista aparente ser bem mais velho do que o menino Jesus, sendo que nas Escrituras a diferença etária é de apenas seis meses de idade:
Rafael, em 1506, pintou a esplendorosa Madonna do prado também denominada A Virgem e o Menino, embora João Batista também esteja presente: