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O Amigo ‘Americano’ De Franklin Jorge (IX)

José Vanilson Julião, jornalista, mostra que a fama de Arthur Coelho, personagem dessa série que envolve o mundo do cinema e resgata personagens interessantes, não estava apenas em um único periódico, mas era de fato um profissional bastante requisitado.

*José Vanilson Julião

[email protected]

A parte oitava dessa série você encontra aqui.

Para dar um fôlego na respiração do leitor e não o cansar, o articulista resolve dar uma pausa na saga de Arthur Coelho na “Cinearte”.

E agora demonstra que o conhecido correspondente também é referência e parâmetro para outras publicações semelhantes logo após o encerramento das atividades daquela.

Com o posicionamento estratégico na Paramount, não tinha como não elogiar os lançamentos anuais da companhia.

A prova está na revista paulista CINE REPÓRTER (5 de janeiro de 1946) em uma coluna de folha inteira destinada as resenhas ou fichas técnicas do estúdio da montanha ou pico nevado.

Os resumos são assinador por A. L. Pratchett – Diretor da Divisão Latino Americana – que relata uma “opinião” do colega de companhia:

“O tradutor de filmes da Paramount, em carta particular a um amigo brasileiro, resume entusiasmo por KITTY em uma frase apenas: “É um fitão!”

 

Pôster do filme

A película recebe o nome de “Flor do Lodo” no Brasil. É estrelado por Paulette Goddard (Pauline Marion Goddard Levy) e Ray Milland, pseudônimo de Reginald Alfred Trucostt-Jones (1907 – 1986).

O drama é baseado no romance de Rosamond Marshall. Envolve uma donzela sem-teto que furta carteiras, numa trama para dar um golpe em um nobre.

A segunda vez que o nome de Coelho aparece na revista da capital paulista – que circulou de 1946 a 1966 – é uma nota sobre a visita de um executivo brasileiro a Nova Iorque.

 

O jovem Ray Milland

O registro é feito na coluna “Cine Repórter na América” (25 de setembro de 1948, mas datada do dia sete!) – assinada pelo correspondente M. Girão Júnior (lembram-se dele?).

A nota refere-se a visita do diretor da Warner, Ary Lima, em visita ao citado colunista, sendo recebido com “batida brasileira no elegante restaurante brasileiro para um cordial bate-papo”.

Participam Arthur Coelho, Fernando Luporini (diretor da CADEF), Miguel Hoffay (diretor de publicidade para o estrangeiro da Eagle Lion) e Milton Trindade (diretor da divisão de publicações estrangeiras da American Foreign Agencies).

Ray Milland, em 1971