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O Amigo ‘Americano’ de Franklin Jorge (VII)

José Vanilson Julião, jornalista, adentra mais fundo em fatos sobre a vida de Arthur Coelho, que deu vida a muitos personagens de filmes consagrados de estúdios como a Paramount e a MGM.

*José Vanilson Julião

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O capítulo sexto dessa série você aqui.

Pelo que se viu até agora, o paraibano Arthur Coelho ficou conhecido como tradutor de legendas para a Paramount, mas antes havia sido o responsável pelo mesmo trabalho em outro grande estúdio americano, a Metro-Goldwin-Mayer, do famoso acrônimo MGM.

A inédita revelação, não divulgada por nenhum dos biógrafos patrícios vem da revista carioca “Cinearte” (1926 – 1942), fundada pelo cineasta Adhemar Gonzaga (Rio de Janeiro, 1901 – 1978) e cinco anos mais nova e principal concorrente de “A Cena Muda” no período em que circulou.

A primeira citação do personagem central desta série de artigos nesta publicação especializada em cinema aparece 30 números após a estreia em 3 de março de 1926. O número 31 traz um poema de Arthur Coelho, com a identificação da antiga função nos Estados Unidos.

Mais uma revelação exclusiva atual: seis edições depois, precisamente no número 37 (10 de setembro), já surge como correspondente da revista em Nova Iorque, sendo citado na legenda de uma das duas fotografias que ilustram a primeira reportagem com o astro americano Ricardo Cortez.

 

O ator Ricardo Cortez

Rodolfo Valentino

 

Adhemar Gonzaga

 

 

A primeira foto com a estrela Ricardo Cortez (considerado o sucessor do italiano Rodolfo Valentino com a morte deste).  Ao centro Adhemar Gonzaga.

Coelho relata que a entrevista com Cortez (pseudônimo de Jacob Krantz – 1900/1977) dura talvez mais de uma hora (“se medirmos pelo tamanho do Havana que fumava”) no estúdio “Famous Players” em Long Island, durante intervalo da filmagem de “New York”, com direção de Luther Reed.

No segundo número a participação já é com uma espécie de coluna de página inteira (título em caixa alta): “Correspondência da América” com assinatura no rodapé: “Correspondente de Cinearte”.

Na virada de 1927/28 registra votos: Estele Taylor, Ruth Holand, Margaret Livingston, Oliver Borden, de agentes dos estúdios (Inspiration, Pathé, Universal, Christie), AC e até do agente Paramount Pictures numa cidadezinha chamada Cruzeiro, que suspeito ser no interior paulista.