*José Vanilson Julião
A décima oitava parte dessa série você encontra aqui.
Nesta série-reportagem-biográfica com o paraibano Arthur Coelho – colaborador da revista CINEARTE e tradutor de legendas de filmes – o leitor deve ter notado algumas interrupções sequenciais com “flashback” em torno da vivência do personagem em Nova Iorque.
Desta feita o redator pede licença mais uma vez para interromper a cronologia de forma diferente: dar um salto a frente e antecipar com o que ele estava envolvido sete anos antes de falecer em março de 1970 em Long Island (Estados Unidos da América).
Ao longo dos artigos foi mais fácil identificar a vida de Arthur Coelho desde o nascimento, no interior da Paraíba, os trabalhos para o estúdio de cinema norte-americano e a correspondência para a revista carioca.
Tudo isso entre os anos 20 e 40 do século passado. Enquanto os dados referentes às décadas de 50 em diante são mais escassas. As únicas informações conseguidas para este período incluem o envolvimento com uma entidade privada denominada Clube do Livro Luso-brasileiro da América.
Iniciativa da Editora Charles Frank Publications Inc., de Nova York, cujo presidente era, claro, Charles Frank Monteiro, e como secretário, Arthur Coelho. Conforme o número 129 do Boletim Informativo da Campanha Nacional de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Agosto – 1963).
A seção “Noticiário” diz que o Clube do Livro selecionará, imprimirá e distribuirá todos os meses, entre os assinantes nos EUA, uma obra de autor brasileiro ou português. Detalha que, naquela altura, Coelho foi durante mais de 30 anos o encarregado da secção brasileira da Paramount.
Ainda menciona o “Diário de Notícias” (não o Rio de Janeiro), jornal de língua portuguesa de New Bedford, no Estado de Massachusetts (Costa Leste), sendo que o “DN” informa que “a ideia foi recebida com grande entusiasmo pelos centros portugueses e brasileiros de todo o país.”
O Boletim traz na capa uma foto do prédio da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC), primeiro edifício do campus da Gávea inaugurado em 1955 e batizado, em 1968, como Cardeal Leme.
Como detalhe: no expediente constam como presidente do Capes, o ministro da Educação Paulo de Tarso Santos, e secretário-geral e presidente da Campanha, o professor Anísio Spínola Teixeira.
FONTES
CINEARTE
CAPES
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