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O Amigo ‘Americano’ de Franklin Jorge (XVII)

José Vanilson Julião, jornalista, retorna ao foco de sua série: Arthur Coelho e sua saga profissional nos principais estúdios de cinema dos Estados Unidos, bem como suas criações cinematográficas no Brasil.

*José Vanilson Julião

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A décima sexta parte dessa série você encontra aqui.

Após paralelas abordagens das personalidades e assuntos que surgiram no decorrer da composição do quadro de atividades profissionais de Arthur Coelho, voltamos a focar a produção dele para a “Cinearte”, desde Nova Iorque, em meio a troca de correspondentes em Hollywood.

Ao longo da colaboração – abrangendo o auge do cinema mudo e o começo do falado – a maioria das reportagens ou notas desta série é acompanhada por fotografias dele com personalidades da época envolvidas com a produção cinematográfica, desde atores, diretores, técnicos publicitários e gente da mídia em geral.

Até agora somente foram incluídas imagens ilustrativas dele com pouca nitidez. Mas agora, na metade das intervenções do paraibano, se reproduz uma foto bem mais nítida, quase de página inteira. Vertical, com texto-legenda dividido, lado a lado.

A foto do número 422 (1 de setembro de 1935) faz parte do segundo ano da publicação de um suplemento “Informativo para o Distribuidor e Exibidor”, sendo encimada com o título “Cinematographistas brasileiros em New York”:

– Da esquerda para a direita, em pé: Adhemar Gonzaga, Arthur Coelho; sentados:  Orita Lage e T. S. Chermont, numa reunião da casa de campo do diretor do departamento brasileiro da Paramount…

Além de indicar a atividade como letrista, aponta a mesma função de Chermont para a Warner e RKO (“ambos da Cinearte”) e Lage como “rainha” da publicidade brasileira na Metro.

Wallace Downey

Abaixo da foto uma enorme reprodução de telegrama do sucesso de “Estudantes” no teatro de Pelotas/RS. Uma comédia musical nacional dirigida por Wallace Downey (foto ao lado, 1902 – 1967) e estrelado pelas irmãs Aurora e Carmem Miranda, Mesquitinha, César Ladeira, Almirante, Hervé Cordovil, Carmem Silva, Barbosa Júnior e Mário Reis.

Além das participações do Bando da Lua e Regional de Benedito Lacerda. Inicialmente intitulado “Folia de Estudantes” foi filmado em uma semana pela Cinédia, fundada pelo cineasta Adhemar Gonzaga, pura coincidência, o criador e um dos mentores da Cinearte.

 

Após colaborar na sonorização de “Rei dos Reis” (1927) W. Downey chega ao Brasil (1928) enviado pela Columbia Records para instalar a filial. Dirige o primeiro sonoro, “Coisas Nossas”, (1931), foto abaixo, à esquerda, associado ao industrial filho de americano Alberto Jackson Byington Júnior (São Paulo, 1902 – Rio de Janeiro, 1964) foto abaixo à direita.

Alberto Jackson Byington

Depois funda a companhia Waldow S/A (1932) e produz musicais em parceria com a Cinédia. Sete anos a dissolve e funda a Sonofilmes, aquela com produções com dublagens e letreiros do correspondente da Cinearte Gilberto Domingos Souto, substituto de Laurentino S. Marinho em Hollywood.

Produções: “Alô, Alô Brasil” (1935), “Alô, Alô Carnaval” (1936), “João Ninguém” (1936), “Banana da Terra” (1939), “Pega Ladrão” (1940), “Laranja da China” (1940), “Abacaxi Azul” (1944) e “O Bobo do Rei” (ano do lançamento desconhecido).

Abaixo, uma foto de Wallace Downey dirigindo Carmen Miranda, depois, mais fotos de Carmen Miranda:

 

 

FONTES//FOTOS

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A Memória da Dublagem

Cinearte

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Itaú Cultural