*José Vanilson Julião
A décima nona parte dessa séria você encontra aqui.
Franklin Jorge se admirou com a longevidade da série sobre o correspondente nova-iorquino e tradutor de legendas, o paraibano Arthur Roberto Coelho, e agora o redator admite que com razão.
Existem motivos razoáveis para esta surpreendente aventura: a pesquisa para compor o personagem se tornou uma grande caminhada pelas veredas que surgiram.
Sem desmerecer e sim aplaudir as primeiras fontes consultadas que possibilitaram o começo desta jornada: os jornalistas, pesquisadores e historiadores conterrâneos do ARC.
Exemplo recente o encontro de informações sobre o que Coelho fazia após aposentar-se da Paramount nos anos 60: a divulgação de autores brasileiros e portugueses nos Estados Unidos.
Entretanto, quando se esperava retorno a pauta da revista carioca CINEARTE se “descobre” Coelho como colaborador da revista portuguesa INVICTA CINE (circulou entre 25/3/1923 e 1936).
Para ilustrar a passagem pela publicação lusitana editada na cidade do Porto é escolhido um exemplar. O número 167 (abril/1932) com a colaboração de Arthur Coelho em duas páginas.
Em “Cartas da América” escreve sobre o diretor Ernst Lubitsch (Berlim, 1892 – Los Angeles, 1947) e as atrizes Thallulah Bankhead (1902 – 1968), e Frances Dee (1909 – 2004):
Ainda discorre acerca do tema “O público exige mais realismo do cinema” e com a seção “Notas de Interesse” explica o nome da artista acima:
– ‘Tallulah’ vem da língua de uma tribo da Geórgia e quer dizer ‘Virgem de amor’. Aí está uma explicação que vai aproveitar a muita gente que não sabia deste bonito significado.
O semanário, com o curioso slogan “Singrando contra todas a procelas”, circulava com 16 páginas e também tinha correspondentes em Paris, Viena e na Romênia.
Insere notas do livro “Hollywood” de Laurentino S. Marinho (antigo correspondente da CINEARTE) e da publicitária Orita Lage. Personalidades citadas ao longo da série.
FONTES
Hemeroteca Digital de Lisboa
Restos de Coleção
A Evolução da Imprensa sobre cinema em Portugal: Da Ditadura aos primeiros anos da democracia – Jaime Lourenço (Instituto Universitário) e Maria João Centeno (Instituto Politécnico)