*José Vanilson Julião
A vigésima parte desse artigo você encontra aqui.
Se o levantamento sobre a vida do paraibano Arthur Roberto Coelho o coloca também como correspondente de uma publicação especializada em cinema editada em Portugal é obrigação explicar para o leitor sobre surgimento da revista, os responsáveis e colaboradores.
Já em janeiro de 1932, ArC estava como correspondente desde Nova Iorque, mas o interessante mesmo é, que, entre os correspondentes, desde Hollywood, se encontrava um nosso velho conhecido, o ator brasileiro Olímpio Guilherme, aquele escolhido em concurso pela Fox Filmes para se deslocar até os EUA.
É o que consta no expediente da revista INVICTA CINE, editada no Porto, a segunda mais importante cidade portuguesa, depois de Lisboa. A histórica mídia impressa tem direção e edição de Roberto Lino e Soutinho Oliveira, redator principal: Alves Costa e como administrador Joaquim Teixeira.
Como redatores na capital: Fernando Barros e Aguinaldo Machado. Colaborador artístico: Fernando Lacerda. Composição e impressão em linotipo na tipografia Gonçalves & Nogueira. A redação e sede provisória no primeiro quadrimestre era no sugestivo endereço: Rua das Musas, 45.
Mas de onde vem o nome da revista? A resposta vem antes da dominação romana, da invasão dos mouros e política nacional. “Cale” ou “Portus Cale” (daí o nome do país) é o início do aglomerado humano. Tomada pelos mouros (715) é reconquistada (868).
No século XIX durante as Guerras Liberais (1832 – 1834) é cercada durante um ano pelas tropas absolutistas de dom Miguel. Os liberais resistem liderados por dom Pedro IV (I do Brasil) e a filha, dona Maria II, sucessora do trono, atribui o de “Invicta” a cidade, referência, até hoje, no Brasão municipal.
FONTES/IMAGENS
Revista Invicta Cine
Porto Fino
Universidade Católica Portuguesa