*Franklin Jorge
Todo político esperto compõe com esmero sua biografia e constrói seu futuro, para dispor de peixe para vender quando a hora é chegada. Ninguém aguenta mais candidatos que chegam assomam o páreo de mãos abanando, pensando que o marketing e as ‘penas alugadas’ asseguram a vitória.
Não. É preciso ter alguma biografia, por rala que seja. Dos três candidatos mais competitivos ao Governo do Estado, o ex-vice governador Fábio Dantas é o que tem menos possibilidade de crescer em relação ao senador Styvenson Valentim que a meu ver não seria o candidato ideal, porém a pobreza considerando-se a pobreza de quadros é o que temos para enfrentar a governadora que, penso cá com os meus botões, não tem como tirar alguma carta da manga para faze-la crescer diante do desastre que se afigura a sua administração marcada pela falta de projetos e pela inércia ou, então, por performances descabidas, como fazer-se vendedora de queijos de Caicó logo na França, terra que com a Suíça tem os melhores queijos da Europa.
Assim como a concessão de títulos ao Pastel de Tangará, à Ginga com tapioca da Redinha e ao Grude de Estremoz, que passaram a ser reconhecidos como ‘patrimônios culturais’’ da nossa terra, ouropéis que não servem nem para limpar o Fedorento, como ouvi de meu sábio barbeiro. Sem contar as Pensões Especiais e os títulos de ‘’Patrimônio imaterial’’ a Tomé e Bebé. Coisa realmente de uma governante que não encontrou nada melhor para fazer enquanto durante a Pandemia proibia as pessoas de trabalhar e com isto provocou a falência em cadeia de milhares de pequenos negócios e fomentou o desemprego e a violência, fodendo ainda mais um povo que já se achava fodido após uma sucessão de governos desastrosos, como os de Rosalba Ciarlini e Robinson Faria, para citar apenas os mais recentes.
Embora Styvenson seja considerado um cara grosso, narcisista e histriônico, dotado, no entanto, de algum talento para o palco, parece despertar mais interesse nos eleitores do que Fábio Dantas. Porém, apesar de ser um tipo fisicamente mediano, como candidato o filho de São José de Mipibu se revelou pesado demais para os potiguares leva-lo nas costas numa campanha que expõe a miséria do Rio Grande do Norte em capital humano. Mesmo assim, desprovido de biografia suficiente e dos carismas necessários para tornar-se palatável a um contingente maior de eleitores, vale em relação à sindicalista Fatima Bezerra seu peso em ouro. Pelo menos, ao contrário do papa-hóstias que já se sentou na cadeira de governador, não é abortista nem se esmera em enganar ninguém.
Para mim, como eleitor prestante, depois de Rogerio Marinho o empresário Haroldo Azevedo seria a melhor opção. Mas, antes mesmo das Convenções partidárias, o homem fugiu da raia. Dizem que por se sentir traído por gente de seu próprio jornal.