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O cicerone do poeta no vale do Ceará-Mirim

Colaborador de Navegos continua a esmiuçar a passagem do poeta Thiago de Mello pela Usina Ilha Bela, contextualizando-a no espaço e no tempo e enriquecendo sua pesquiosa com a revelação de fatos e personagens esquecidos.

*José Vanilson Julião

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Não é por acaso que o poeta amazonense insere o gerente, o paraibano Aderson Eloy, na crônica “Chuva no Milharal” da coluna “Contraponto” (“O Globo”, 2/6/1955). O personagem já residia em Ceará-Mirim desde 1947, quando o usineiro João Úrsúlo Ribeiro Coutinho e mais sete irmãos compram a Usina Ilha Bela.

Aderson Eloy de Almeida (Campina Grande, 4/4/1914), filho de João Eloy de Almeida e dona Lilica, era amigo do empresário desde o banco escolar, pois estudaram juntos no Colégio Marista de João Pessoa, a capital paraibana. Posteriormente serve ao Exército no Recife (1933) e cursa Ciências Contábeis.

Atividade profissional de contador o leva a ser contratado pela Sambra Sociedade Anônima pela empresa Araújo Rique de Campina Grande. Torna-se sócio e diretor comercial e passa a morar em uma das casas da usina. É eleito prefeito no município (1962) como sucessor de Edgar de Gouveia Varela (1958/63).

Governou o município por cinco anos. A administração é marcada pela gestão voltada para a coletividade, mesmo que custasse o uso dos recursos próprios para beneficiar a população. Construiu o Palácio dos Esportes da cidade (Rua Melcíades Bandeira), no largo da Matriz, e não foi só por esse motivo que recebeu o nome dele. A reinauguração do Ginásio, construído nos anos 70, ocorre sexta-feira (11/4/2014) pelo prefeito Antônio Marcos de Abreu Peixoto.

Segundo Ricardo Sobral, a Prefeitura não tinha crédito para fazer a compra da estrutura superior (cobertura), pois o valor era acima da capacidade de endividamento. Aderson comprou em seu próprio nome e efetua o pagamento. Só depois da dívida quitada é emitida a documentação para prestação de contas.

Esse é apenas um dos exemplos do espírito público de Aderson Eloy, considerado um político com postura solidária e cidadã, ajudava a todos que o procurava e sempre encontrava uma solução para qualquer problema, seja pessoal ou referente a a administração pública.

“Foi um homem de gestos que merece ser sempre reverenciado”, ressalta Ricardo Sobral, o qual Aderson Eloy foi padrinho da irmã Tereza Cristina. A Câmara de Ceará-Mirim, pelo presidente Renato Martins, em reconhecimento, rende homenagem comemorativa ao Centenário de nascimento de Aderson Eloy (11/12/2014). Além de que é nome de rua na sede.

 

FONTES

Blog Barão de Cear-Mirim (Francisco da Guia)

Ceará-Mirim Livre (João André Neto)

Ceará-Mirim Ontem/Hoje

Esporte e Saúde

Guia Mais