*Franklin Jorge
Creio que fui a primeira pessoa a perceber e escrever. a partir de 2020, sobre a derrocada da carreira politica de Carlos Eduardo Alves, que surgiu como uma promessa de liderança que o tempo e suas sucessivas mancadas se encarregaram de desmentir.
Desprovido de perspectiva de realidade, mostrou ser o que em política não se admite: um ser errante e com uma reduzida capacidade de avaliação crítica.
Prova dessa sua grave deficiência intelectual, a proteção que dispensou a um poetastro e gestor fajuto, odiadíssimo por todo o segmento cultural da cidade, Dácio Teixeira Galvão, que o desgastou impiedosa e sistematicamente no exercício da presidência da Fundação Capitania das Artes e, posteriormente, de maneira cumulativa, na titularidade da secretaria de cultura, especialmente criada pelo ex-prefeito de Natal para afagar-lhe o ego inchado.
Sua incapacidade analítica me inclina a pensar que ele tem um parafuso a menos ou que lhe apraz deixar-se enganar por contrafações perniciosas, não apenas à cultura mas ao seu projeto politico que afinal deu com os burros n´água, como mostra o seu atual desespero à caça de um mandato cada vez mais remoto e distante de suas pretensões.
Incorreu em inominável ridículo ao procurar o apoio no vice-governador comunista, Antenor Robert. que, profissional e politicamente não passa de uma risonha nulidade desprovida de votos e de liderança popular. Um mero aproveitador e sanguessuga , como há muitos outros a locupletar-se em militância. Alguém que não dá sombra à ninguém, exceto aos seus próprios interesses que não contemplam a esperança dos potiguares.
Tudo isto é de se lamentar, pois, em última análise Carlos Eduardo possui de sobra qualidades e virtudes que faltam à maioria dos políticos em seu relacionamento com as pessoas. É alguém. por sua simplicidade, de quem se gosta à primeira vista e sem restrições que só chegam na medida em que passamos efetivamente a conhecê-lo.
Tivesse ficado ao lado dos norte-riograndenses contra os desmandos e incompetência do atual governo, apoiando o povo em seu desespero frente a pandemia que arruinou a economia e condenou milhares de potiguares ao desemprego, certamente seria o próximo governador. Mas não lutou por mudanças nem ousou opor-se ao monopólio de políticos carcomidos, escondendo-se de todos. Preferiu chover no molhado em conúbio com agentes do mal, como a governadora, de quem deseja ficar à sombra contra os interesses do povo do Rio Grande do Norte.
Em resumo, o que pode de pior acontecer a um homem, aconteceu-lhe: por sua irresolução e incapacidade de perceber e interpretar a realidade, tornou-se alvo de desprezo e chacotas de quem muito lhe fica a dever em realizações como as Centrais do Cidadão que doou ao nosso povo quando em sua estreia como deputado estadual.