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O esquecido historiador paulista Assis Cintra (I)

O jornalista José Vanilson Julião reestreia sua coluna aqui em Navegos. Nesse retorno, inicia-se uma série artigo sobre um personagem que trará aos leitores muitas surpresas e lances interessantes: Francisco de Assis Cintra – Assis Cintra, como assinava.

*José Vanilson Julião

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Mesmo sabendo que o escritor Franklin Jorge, o idealizador do site, andava a decidir sobre convite de um novo editor para substituí-lo, com a mesma eficácia e agilidade, ainda assim me senti surpreendido pela rapidez em encontrar no Alexsandro Alves o “manager” ideal.

A decisão me foi comunicada no começo da tarde da quinta-feira (14), um dia depois do recém-instalado editor começar a dar o ar da graça com as postagens dele, do agora colunista eventual FJ e de outros colaboradores, como a professora e filosofa Nadja Lira.

Franklin assim me convoca a novamente colaborar com o site cultural mais diferente da cidade. Não por ter a pretensão de ser o melhor e sendo dentro das características editoriais. Mas por, talvez, ser o único notadamente conservador.

Eu disse que ia procurar um tema para reiniciar minhas humildes colaborações, mas precisava rever se havia algum assunto pendente, inclusive nas séries que produzi, algumas inéditas, nos meses anteriores.

Mas de repente me deu um estalo. Resgatar um pouco da vida do esquecido jornalista e historiador paulista Francisco de Assis Cintra (Bragança Paulista, 1897 – São Paulo, 1953). Eu mesmo não o conhecia e a curiosidade é despertada ao encontrar um artigo dele no diário “A Província” do Recife.

Ao procurar informações sobre clubes de futebol nos anos 20 me deparei com um longo texto de Assis Cintra – como ele assinava os textos – em que se despedia da atividade jornalística, mas que se tornou um blefe temporário, pois continuou colaborando com a imprensa até os anos 40.

Pena eu não ter anotado a data da publicação, mas me lembro que ele, professor, bacharel em Direito e com formação superior também em Odontologia, decidiu ser jornalista e para iniciar a carreira apresenta de uma só vez três artigos diferentes para igual número de importantes jornais da época.

Para tanto procurou o primeiro contato com o poderoso chefão Júlio de Mesquita, do jornal diário “O Estado de São Paulo”. O interessante: o pretenso e iniciante articulista logo de pronto e de chofre pergunta quanto receberia. 50 mil reis ao passo que nos demais 30 mil.

Enfim, prometo não ser muito longo nos próximos capítulos deste personagem, mas acredito que o leitor ficará satisfeito ao saber quem é o ousado escritor que questiona ser José Bonifácio de Andrade e Silva o Patriarca da Independência!

Teremos muitas surpresas que na época foram surpresas!