*Franklin Jorge
Desde a primeira vez em que, a convite do jornalista e publicitário Cassiano Arruda Câmara, então marqueteiro e coordenador da campanha da deputada federal Wilma Maia à prefeitura de Natal na sucessão de Garibaldi Alves Filho, jamais me equivoquei em meus prognósticos eleitorais. Sempre acertei na mosca. Naquele ano já longínquo, Wilma, após uma queda brusca na reta final da campanha, venceu de lavada Henrique Eduardo, o chamado ‘’Deputado Copa do Mundo’ que disputava a Prefeitura de Natal na sucessão do primo fatal. Me lembro que Cassiano nos reuniu a nós, sua equipe, para comunicar que a campanha desandara que a vitória se tornara, se não difícil, impossível. Fui, com dona Wilma, a única pessoa dos presentes a acreditar em sua vitória… e o quadro, de fato, foi revertido e ela se elegeu prefeita de Natal.
Dessa vez, equivoquei-me quanto a reeleição da governadora Fatima Bezerra, que venceu amplamente no primeiro turno, graças a sua fraquísssima oposição e sobretudo ao mau desempenho do Senador Styvenson Valentim, que a rigor, graças ao seu temperamento truculento e erradio, terá sido o maior cabo eleitoral que a governadora já teve. Ninguém lhe deu mais votos do que esse seu adversário estabanado. Por suas explosões temperamentais, súbitas e desconcertantes, fomentou a desconfiança de eventuais eleitores insatisfeitos com o teatro atual. De Xuxu Dantas, não falo. Já começou derrotado. Por seu pauperismo intelectual e propositivo, e por uma crônica parlamentar desprovida de serviços ao nosso povo, não chegou a decolar. Sem falar na sua falta de carisma.
Acertei, porém – e isto me para mim é o que vale -, quanto aos candidatos da Família Alves, Garibaldi Alves Filho, Henrique Eduardo e Carlos Eduardo, sobretudo o primeiro e o ultimo, que tanto se afadigaram para obter um mandato que os trouxesse de volta à vida que o poder proporciona aos que amam o poder e as benesses que faz o olho crescer dos arrivistas e dos bon vivants da politica profissional. O fato irrisório e medonho é que o povo cansou dos oligarcas, cansou das famílias que vive de mandatos eleitorais, cansou de mais do mesmo e não suporta mais colecionar promessas após promessas, mentiras após mentiras.
Nesse contexto, reelegeu-se deputado José Dias, que não é Alves de sangue, mas um homem de honra e palavra, que apesar de sua votação suficiente apenas para conferir-lhe um mandato, o povo respeita e aprecia por ssua coerência. Não é demagogo nem ludibria com falatórios e tapinhas nas costas. Um dos últimos políticos sérios do RN, o oposto dos Alves que perderam a vez e o voto.
Dos três Alves fatais, Henrique Eduardo comportou-se, de certa forma, de maneira decente, mantendo-se discreta e educadamente, sem se engalfinhar e sem parecer armado de peixeira, como os seus primos que se mostraram violentamente possuídos de rancores e instintos bestiais, violentos e irados. Em troca de apoio e votos, o papa-hóstias Garibaldi chegou a formar ao lado de abortistas abomináveis, espezinhando o credo cristão que por tantos anos fingiu cinicamente professar. Uma vergonha para sua crônica, embora falsa, e falaciosa.
Quanto ao filho de Garibaldi, ex-deputado federal e agora vice-governador na chama petista, seu futuro não parece ser dos mais auspiciosos. Por um motivo muito claro: Fátima Bezerra não vai manter debaixo de suas saias a víbora que a picará no momento que lhe parecer conveniente. De tola ela não tem nada e, como tal, não alimentará a pão-de-ló um pseudo aliado que há-de morder-lhe a mão. Presumo que Waltinho há-de comer o pão que o diabo amassou nos próximos quatro anos. Não terá poder algum nesse governo, como todo vice, mas ao contrario de outros sorverá de goela abaixo o vinho azedo da humilhação. Vai-se arrepender de ter se metido nesse cu de Mãe Joana.