*Da Redação
A estranha história do ministro Flávio Dino não convence ninguém! As imagens essenciais para sabermos o que de fato ocorreu em 8 de janeiro foram apagadas! Segundo o ministro, as imagens foram apagadas por um “problema contratual”. A empresa que cuidava das gravações não era obrigada a guardar as filmagens por muito tempo.
Logo após os atos antidemocráticos, a Polícia Federal (PF) apreendeu imagens de câmeras posicionadas do lado externo do prédio do Ministério da Justiça para analisar e incluir nas investigações. Essas imagens foram enviadas para a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas.
Entretanto, parlamentares da oposição e o presidente do colegiado, deputado federal Arthur Maia (União Brasil-BA), solicitaram vídeos das outras câmeras instaladas na pasta, principalmente as do circuito interno, que na época não foram recolhidas pela PF.
Após anunciar que pediria ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma ordem para que Dino entregasse as filmagens à CPI, Maia foi informado nesta semana que essas imagens não existiam mais. Como os vídeos foram solicitados sete meses após o ocorrido e não foram recolhidos pela PF na época, elas acabaram expirando automaticamente.
Dino afirmou que o secretário-executivo do ministério, Ricardo Cappelli, está tentando obter outras imagens do episódio. “Quando a CPMI disse que as imagens estavam incompletas, o secretário-executivo estava fazendo o que? Buscando essas imagens. Todas as fontes possíveis, celulares e outras câmeras possíveis para tentar ter mais imagens. Mas são absolutamente irrelevantes para as investigações”, disse.
“Irrelevante”? Para quem, ministro? Uma imagem vale muito, tanto vale que as imagens comprometedoras simplesmente sumiram e vossa excelência, do alto de vossa empáfia, grita que não tem relevância.
Ministro, nós, o povo brasileiro, precisamos saber o que aquelas imagens, que deveriam ter sido guardadas pelo governo, continham. Chega de mentiras! Há algo de muito grave nelas que desagradaram vossa excelência.
Nessa edição de Navegos, os colunistas e seções (clique nos nomes para ir direto ao artigo): Alexsandro Alves, Percival Puggina e Da Redação com o caos no Walfredo Gurgel. Desfrutem.