*Franklin Jorge
Em recente conversa com o jornalista Paulo Sérgio Martins afirmou ele com todas as letras que em um ano e meio o discurso que elegeu o Presidente maior Bolsonaro se esvaziara, jazendo sem perspectivas de conserto diante de nossos olhos fatigados. Ao que eu, ex-eleitor do presidente vociferante e inepto, acrescentaria que esse governo – assim como o da governadora do RN – são cadáveres que procriam.
Nenhum candidato à Presidência da República, que me lembre, conseguiu mobilizar o país e os brasileiros, ao apresentar-se como o confra-forte a sede de poder do Partido dos Trabalhadores e ao afã totalitarista e aético do ex-presidente Lula da Silva, dito Luladrão, conquistou até aqueles que, como o autor destas mal-traçadas linhas, descria de sua capacidade administrativa e antevisão dos problemas brasileiros que nos acossam, governo após governo, após a chamada redemocratização que não passou de uma forma de manipulação e ludibrio.
Votamos em Jair Bolsonaro, não por sua capacidade, não porque tivesse tirocínio e talento para se contrapor ao lulismo e aos avanços do comunismo e da esquerda sobre um pais incrédulo abismado com tantos descaminhos cheios de conexões perversas. Dele não se esperava grandes feitos, mas um mínimo de bom senso capaz de apenas aproveitar a oportunidade e o apoio popular de quase 60 mil pessoas que confiaram em suas promessas. E no anseio da maioria de por mudanças efetivas que afastassem de vez os terrores produzidos por seus antecessores contra cidadãos vulneráveis ao horror que e o totalitarismo onde todos caminham na mesma mão, sem direto a opinião e o direito ao contraditório e as divergências que legitimam o tecido da democracia e da livre expressão.
Jair Bolsonaro destruiu o que nos restava em esperança e expectativa de reformas positivas ou, pelo menos, capazes de nos proporcionar um mínimo de paz e tranquilidade em meio a desordem que se tornou rotineira e aparentemente normal de tão corriqueira. Atrapalhou os raros e competentes que ousaram associar-se projeto de reforma, visando o bem do pais e dos brasileiros para satisfazer interesses pequenos, como evitar a prisão de sua prole de contraventores e marginais insubmissos à lei e a ordem inscrita nos hábitos e na mente da maioria que teve o privilegio deter uma mínima educação e aprendeu a guiar-se em seu dia a dia pela ética e os bons costumes.
Um ano e meio de governo e muito tempo. Representa a rigor um mal sem cura. Uma aberração de que a escolhas de Michel Temer para chefiar uma missão diplomática a um país estrangeiro, logo ele que constitui um dos grandes barões do crime e, como tal, crivado de processos que correm na Justiça. Essa maneira de agir e prensar do presidente não admite mais protelações nem contemporizações, exceto o inevitável impeachment.