*Sílvio Lopes
Há um mantra que declara que o Brasil tá ficando velho sem ter, antes, se tornado desenvolvido. Verdade. Se atentarmos para o caminho (garantidor) que leva um país a se tornar uma nação desenvolvida, vamos observar dois eixos principais.
No aspecto do papel do Estado, que este assegure à população a vida, as liberdades, e que também não atrapalhe a busca da felicidade por parte de cada cidadão.
No aspecto sócio- econômico, o modelo ideal (ou o mais próximo disso), é que na sociedade prevaleçam e se consolidem três virtudes imprescindíveis e concomitentes: a do amor ao trabalho; no saudável hábito da poupança e, principalmente, no apego, e prática, da virtude da honestidade.
Aqui no Brasil, o que se observa desde que os “progressistas” (esquerda) assumiram papel no protagonismo político, é que o Estado sequer nos garante a vida, tem ojeriza às nossas liberdades e sonha nos oprimir e escravizar, física e mentalmente.
Como daremos certos diante de tamanho descalabro institucional? Como se isso não bastasse, no âmbito sócio- econômico temos as mais vergonhosas taxas de produtividade do trabalho, índices de poupança interna desprezíveis (hoje em 5% do PIB, quando temos necessidade acima de 25%). E o mais grave de tudo: onde se escondeu ou para onde fugiu a virtude da honestidade, a mãe de todas elas?
De nada adiantará um dia tornarmos o Estado eficiente, cumpridor de suas funções essenciais, termos poupança e eficiência no trabalho se desprezarmos a virtude da honestidade. Da mesma forma, pouca valia há em nos protegermos do ladrão que, diariamente e em todo o lugar, nos ameaça a vida, rouba o patrimônio ganho à custa de dores e sacrifícios se, ao depositarmos nosso voto na urna, ungimos o “pai dos ladrões” para ocupar o cargo mais elevado na hierarquia da nação.
Que país é este, afinal? Como disse Emil Farah no livro ” O país dos Coitadinhos”, ou decidimos fazer deste país uma grande nação; ou caminhamos a passos largos para nos tornarmos num imenso albergue!”. Nós é que decidiremos o caminho a seguir nessa encruzilhada. Enquanto nos permitirem decidir, claro. É isso.
* O autor, Sílvio Lopes, é jornalista, economista e palestrante sobre Economia Comportamental.