• search
  • Entrar — Criar Conta

O inquieto Petrarca Maranhão

Colaborador de Navegos da continuidade à importante pesquisa e rebela detalhes da vida em Natal de Procurador Federal que aqui viveu nos anos de 1940 do século passado.

*José Vanilson Julião

[email protected]

Com pai João Albuquerque Maranhão Júnior (Ares/RN, 20/8/1880 – 24/5/1958, Rio de Janeiro), magistrado e escritor, e nome do poeta italiano Francesco Petrarca (1304 – 1374), o estudante certamente recebe influências para o Direito e a Literatura.

Começa a aparecer pela imprensa aos 18 anos. Ao escrever o artigo “O ponto de vista dos estudantes – O que quer um acadêmico de Direito.” (Diário de Notícias – Sábado, 23/8/1931).

O mesmo jornal carioca (sábado, 4/6/1933) publica nota em que aparece envolvido no programa “Hora da Arte” (Rádio Educadora do Brasil).

A coluna de programação radiofônica “Sem Fio” (Correio da Manhã – Sábado, 3/6/1933) declina que a Associação Universitária põe na pauta o sergipano Tobias Barreto de Menezes (1839 – 1889), estudioso da filosofia, poeta, crítico e jurista.

Em outro sábado (8/6) assina manifesto aos alunos universitários pelo Centro Oswaldo Spengler. O “DN” publica nomeação para o protocolo do Tesouro Nacional (25/6/1934).

O “Correio” (22/5/1934) trás manifesto dos estudantes do Colégio Pedro II contra a municipalização do ensino secundário, entregue à Assembléia Constituinte e memorial ao governo de plantão. Tudo com assinatura de Maranhão pelo Diretório Acadêmico.

No ano seguinte a conclusão do bacharelado aparece com glosa sobre a passagem do dirigível alemão Zeppelin pelo Rio de Janeiro. Publicada na revista “O Malho” (19/3/1936):

“Panorama: um avião no céu reboa

O ruído estrepitante dos motores…

No porto, embaixo, o apito dos vapores

Numa rima sincrônica ressoa…

À distância, na altura, lento, voa,

Irradiando centelhas multicores

Que se esbatem do sol nos esplendores,

Um Zepellin que barra à dentro aproa!…

Perto, o silvo violento, — estranho berro —

De um trem na elétrica estação de ferro

Ecoa… Tudo em torno é vida e excesso…

… E a cidade no brouhaha da rua,

Nos klaxons de automóveis, tumultua,

No simbolismo mesmo, do “Progresso”!…

No segundo semestre testemunha o surgimento da Academia de Letras potiguar (14/11). Já como procurador da República na capital do RN.

Conforme revela artigo acadêmico de Bruna Rafaela de Lima Lopes: “Academia dos Católicos: patronos e primeiros acadêmicos…” (UFGD, Dourado, julho/dezembro 2016). Também apresentado em coletânea “Fronteiras e Identidades: reunião de artigos do III EIFI”

No “Correio” (quarta-feira, 14/7/1939) encontra-se ação efetiva. Indicado (Ministério das Relações Exteriores) para a “Subcomissão de Fiscalização de Entorpecentes”.

Mais o diretor de saúde pública, Armando Nogueira China (Saúde Pública); Oscar Homem de Siqueira (chefe de polícia) – fundador e goleiro do América – e o médico Adolpho Ramires.

FONTES

Correio da Manhã

Diário de Notícias

O Malho

História e Genealogia (Anderson Tavares de Lyra)

Literatura, Rio de Janeiro & São Paulo

Revista Eletrônica História em Reflexão