*Franklin Jorge
Não sei se por ironia ou falta de discernimento, a desgovernadora petista realizou a inacreditável façanha de trocar 6 por meia dúzia, ao substituir a extraordinariamente mambembe e açodada Isaura Amélia Rosado Maia por uma doutora em letras, certamente beneficiária de alguma cota social e militantemente inclusiva.
São duas sabichonas diplomadas que desertaram de suas origens e vieram tomar de assalto as instituições culturais; no caso da substituta, renomada especialista que seus alunos de Letras, na Universidade Vale do Acaraú – UVA diziam ser, carinhosamente, a ‘’Fofona’’, noiva do Fofão… Chegou a ver ‘’grelo duro’’, como diria seu presidento, em Virgínia Woolf, porque escreveu Orlando e talvez tenha antecipado, em sua prosa requintada e transgressora um novo gênero – o das mulheres transgêneros, que por tédio e indiferença às convenções vitorianas, mudou de sexo.
Nascida no Jenipapeiro, ignoro quando foi picada pela Mosca Azul. Sua antecessora, já madura e aposentada, tornou-se sócia da cultura mossoroense, para ajudar o primo, presidente da fundação de cultura, Gustavo Rosado, que acabaria preso em Apodi por corrupção.
Expoentes do nosso peculiar, leviano e festivo Parnaso Potiguar, onde todos carregam reis na barriga, bracejaram cada uma a seu modo e de acordo com seus intrincados relacionamentos social e político, para se tornarem notórias. Uma, como gestora; outra, como literata e sacerdotisa do culto nisio-florestano. Ambas enamoradas da autoimagem que criaram com astúcia e perseverança para driblar a mediocridade.
É penoso pensar que em Natal nada está tão ruim que não possa piorar, até não prestar mais. Embora a troca tenha sido justa, expõe a miserabilidade de um governo que não educa nem edifica.