*Valterlúcio Campelo
O monstro impediu a cultura, silenciou vozes que nos animavam, congelou cenas que nos divertiam e entorpeceu a criação. André Malraux, escritor francês, disse certa vez que, sem cultura, o homem é facilmente escravizado. Faz todo sentido para o monstro.
O monstro solapou a verdade, distorceu-a e a pôs de joelhos perante os interesses globalistas. Organizações mundiais, a mídia mainstream e as big techs instituíram a verdade que se pretende ser. Nada que vemos e ouvimos é seguramente o que parece ser. Nenhuma informação escapa do crivo daqueles que, controlando os controladores da informação, decidem o que é e o que não é a verdade.
O monstro deu carona a outros monstros, os corruptos, os ladrões e oportunistas que vicejam dentro e em volta da administração pública. Pra todo lado se viu novos e velhos bandos aproveitando-se do rastro deixado pelo monstro, comendo seus restos, disputando com ele pedaços de dinheiros sujos de sangue coagulado.
monstro emprestou-se à política, que o usou para promover governos malsãos e ditadores enrustidos. O monstro que dilui nossas células e empapa de gosma vermelha nossas entranhas, abriu uma porta para a tirania garantida em regulações de última hora, como se esta fosse, afinal, sua maior vitória.
O monstro se instalou na economia gerando miséria e mais mortes dela decorrentes. Como dançando uma valsa fúnebre, o monstro e a recessão disputam o aplauso demoníaco que virá para o mais belo ceifador de vidas.
Só o Amor resiste ao monstro. O Amor entre nós e a Deus, presente em todas as religiões. Neste Natal, que para os cristãos, principalmente, é a comemoração do Amor nascido ao mesmo tempo humano e divino, talvez tenhamos que pensar mais, refletir mais e redobrar nossa fé.
O Amor cristão é restaurador. Que seja então. Que restaure nossa esperança, nossas mentes, nossas almas, nossa coragem, as crianças, a cultura, a verdade, os governos, a política, a economia… que afaste as sombras e reconcilie a humanidade com Deus e a verdade.