*Vanilson Julião
A personalidade central deste segundo artigo é o então sargento Tong Ramos Vianna, que participa da fundação de uma loja maçônica (7/9/1939) dois dias antes da invasão da Polônia pelo exercito alemão.
Provavelmente, já em maio de 1943, serve em Natal durante a II Guerra Mundial, pois, no mês seguinte, se encontra envolvido na organização da temporada do Dolaport de João Pessoa contra o Clube Atlético Potiguar (promotor) e América.
O extinto Dolaport, clube com o nome de conhecida marca de cimento, chegou a ser vice-campeão paraibano (1944). Era vinculado à fábrica Portland da capital do vizinho estado.
Nas duas primeiras e únicas exibições no Estádio Juvenal Lamartine empata com o alvirrubro (3 x 3 – sábado, 5) e goleia o rubro-negro (2 x 6 – domingo, 6), cuja equipe, em formação, acaba apelidada de “Esquadrão de Aço” pelas exibições no campeonato estadual.
Ele pode ser considerado um homem de sete instrumentos no futebol. Fez parte do elenco atleticano – sucedâneo do Centro Esportivo Natalense – presidido pelo jornalista Djalma Carvalho de Albuquerque Maranhão (Natal, 27/11/1915 – Montevidéu/Uruguai, 30/7/1971) e depois comandado presidente da Federação, João Cláudio de Vasconcelos Machado (morto em 1976).
Também atua como treinador. E ainda encontrava fôlego e tempo para atuar como árbitro, como comprova a súmula de América 4 x 4 Santa Cruz/RN (domingo, 8/8) pela competição local.
A estadia natalense se prolonga até após a guerra, pelo menos a maio de 1946, como atestam fichas técnicas nos jornais A Ordem (o diário vespertino católico fundado em 1935) e Diário de Natal.
Dados complementares, fora o nome, não existem. Pela internet a fotografia, primeira imagem dele veiculada na mídia local, e duas breves notas, inseridas no blog do carioca Elmo Fabiano.
Uma do falecimento, ocorrido no começo da tarde da terça-feira, 5/11/2013, devido pneumonia e problema cardíaco.
E do sepultamento, na tarde seguinte, do diretor do hospital geral do Exército (Benfica), tenente-coronel médico Tong Ramos Vianna, no cemitério São Francisco Xavier, no bairro do Caju, Zona Norte do Rio de Janeiro.
Em 1957 é tenente, capitão (1962) e major (1972). Faz parte da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), fundada no Rio (1954). Em 2009 recebe homenagem dos pares pelos serviços prestados a maçonaria.