*Alexsandro Alves
Ontem, 1º de fevereiro de 2022, uma reunião com o secretário de educação, Geraldo Marques, foi marcada. A questão eram os 33,24% de reajuste salarial para os professores, mediante a lei do piso do magistério. Porém, a reunião não aconteceu. De última hora, o secretário informou que não compareceria.
A categoria foi enganada pela SEEC.
A categoria também está sendo enganada pelo SINTE/RN. A categoria também está sendo pelo legislativo estadual e federal do Partido dos Trabalhadores. Não há, até agora, qualquer palavra dos deputados petistas sobre isso.
Por que apenas exijo do PT? Porque dos outros já sabemos a bestialidade que são. O poço sem fim de mentiras e enganações que sempre representaram. Porém o piso do magistério teve como principal voz a deputada federal e senadora que hoje ocupa o executivo do estado potiguar, Fátima Bezerra.
Eu fico admirado, tristemente admirado, com certas colocações dos companheiros professores, também filiados ao PT. “Bolsonaro votou contra o piso”. E quem quer saber dele? Um imprestável. Ora, se quem votou a favor hoje sequer fala em pagar e cumprir, assim, a lei. Não adianta jogar a responsabilidade para o porco que elegeram como presidente, este que come sujando de farofa seu entorno.
Devemos chamar a atenção de Fátima Bezerra. Bolsonaro não resolverá nada aqui.
Para nosso espanto devemos também lembrar que os deputados e senadores petistas, em outras ocasiões semelhantes, ficavam na ponta dos pés e dedo em riste contra os antigos governos potiguares que, à maneira deste, também relutaram em pagar o piso, gerando insatisfação e transtorno para a categoria. Hoje, como já mencionei, estão calados.
Devemos apontar o dedo para a governadora e seu secretário de educação e lembrar que também não podem mentir. Porque afirmam que o estado não tem condições de pagar o piso. As mesmas desculpas dos governos anteriores, que os deputados e senadores petistas, Fátima Bezerra inclusa, detonavam nas tribunas! “Não há motivo para não pagar o piso!” era assim que o PT atacava na linha de frente os governos anteriores. Hoje, usam da mesma ladainha de Wilma de Faria, de Rosalba Ciarlini e de Robson Faria. Fátima Bezerra parece-me que está bem-adaptada à forma burguesa de governar – o que é que isso, companheira?
Porém, conforme tabelas mostradas nesse artigo, houve um aumento do Fundeb em todos os meses de 2021 comparados com os mesmos meses de 2020, e também houve aumento no mês de janeiro de 2022 comparado com o mesmo mês de 2021. Ou seja, há recursos.
O que não há é vontade política para aplicá-los onde devem ser aplicados.
2022 é ano eleitoral. Valha-me nosso Senhor Jesus Cristo que o que escuto no pé de ouvido seja apenas alucinação ou um diabinho brincalhão zombando de mim: “Alexsandro, é que ela quer usar na campanha!”
Vade retro!