*Franklin Jorge
Tenho ouvido rádio que veicula reiteradamente propaganda da Prefeitura de Natal. A principio me senti confuso, ao pensar que ouvia em claro português uma emissora de alguma página das Mil e uma noites. Apurei o ouvido um tanto mouco, sem entender nada acerca daquele Paraíso na Terra.
Soube que era Natal e caiu-me o queixo e a rapadura. Além de tantas promessas falsas e anúncios para confundir e engodar incautos, pensando com sua artimanha iludir o natalense a votar em seu candidato ou na patricinha petista Natália Bonavides.
É tanta coisa boa em Natal, promete-nos o Prefeito Forrozeiro e impenitente que assedia os cidadãos com o canhão vermelho. Fátima no estado, ele em Natal, em seguida Bonavides? O RN e Natal, ceifados e martelado por um Estado avassalador, inepto e perdulário dos recursos do contribuinte.
Mas ‘’Alvão’’ ou o ‘’Alvinho’’, sua gestão só não engana os natalenses! A incúria e o desprezo que fez cair sobre o Parque da Cidade, em especial sobre seu mirante, criado por seu antecessor, Carlos Eduardo, exibindo frestas, lodo e aparentes rachaduras. O retrato de um prefeito que preza a cultura e faz parte, como benemérito, do mais notório sodalício da cidade, depois do Instituto Histórico e Geográfico, mais vetusto e venerando.
Nada disto, porém, importa-me. O que me surpreendeu e estarreceu foi o apoio do Prefeito de Natal ao programa de saque ou extorsão de estudantes devedores do FIES, oriundos de camadas escorchadas e sofridas da população, que aparentemente parece um bem ou um beneficio a esses jovens, mas que ficaram com seus nomes sujos no Serasa por acreditar e dar apoio à falaciosa ‘’Pátria Educadora’’, que serviu apenas para tornar ainda mais ricos empresários que exploram a Educação, em especial de 3º Grau, em faculdades e universidades urdidas e forjadas para enriquecer seus donos. Sem nenhum compromisso efetivo com a qualidade da educação, pasteurizada, que vendem sob a forma de cursos. Agora, para tira-los das malhas do Serasa, o Regime Atual está cobrando uma módica taxa de 1.200 reais, por aí, para desenferrujar-lhes os nomes, sujos pela má-fé do governo que instituiu a Pátria Educadora, não para estimular a educação e o bem-estar para milhares e milhares de jovens, que arcaram com uma dívida impagável e iludidos e abandonados à própria sorte, garantiram a geração de monumentais fortunas produzidas por universidades. .Ah, se entendi, o Prefeito de Natal tornou-se agiota, atuando como garoto-propaganda do atual regime.
Se essa campanha, aparentemente de intenção humanitária não fosse um expediente mal-intencionado, em vez de cobrar essa taxa exorbitante de jovens pobres ou necessitados, sem extinguir a dívida original, fede a deslavada má-fé.
O Estado, por induzir tantos jovens a erro que lhes arruinará a juventude sob o peso de tamanha dívida com o Fisco, devia indenizá-los.