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O poeta e a guerra

Colaborador de Navegos revela faceta desconhecida de poeta, pai do Romantismo alemão, no desempenho de atividades jornalísticas.

*José Vanilson Julião

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Não conheço a obra poética do alemão Jonhan Wolfgang von Goethe (28/8/1749 – 22/3/1832). Portanto não posso falar do assunto. Porém trago para os fiéis leitores do “Navegos” um assunto que, acredito, a maior parte dos fãs do vate ignoram.

Ele foi jornalista pelo menos uma vez na vida. Pelo menos é o que diz um longo artigo de uma coluna publicado no “Diário de Pernambuco” (sábado, 16/2/1918). Portanto, coincidência ou não, no último ano da I Guerra.

O título é curto e enfático: “Goethe jornalista”. Eis a primeira linha do parágrafo inicial: – O grande poeta estreou-se na imprensa como repórter de guerra, a 2 de agosto de 1792, quando se reuniu com o exército prussiano a caminho de Paris.

O convite para acompanhar a campanha parte do amigo, o Duque de Saxe Weimar. Segue: – As primeiras impressões não foram as mais desejáveis, apesar de viajar em caleça com todas as comodidades.

São pelo menos 11 parágrafos, alguns curtos, a maioria longos, que relatam detalhes do conflito entre os germânicos e franceses.

Uma transcrição traduzida de artigo do historiador e dramaturgo francês G. Lenotre, pseudônimo de Louis Léon Théodore Gosselin (1855 – 1935).

Lenotre é considerado especialista em Revolução Francesa, pelo uso de fontes primárias, tendo trabalhado importantes jornais e revistas da época: “Le Figaro”, “Le Monde Ilustré”, ‘Revue des Deux Mondes” e “Le Temps”.