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O provincianismo mora aqui

Com o quadro eleitoral ainda indefinido, o RN caminha para mais um desastre eleitoral se consideramos a pobreza intelectual de que se reveste alguns postulantes, como o ex-prefeito de Natal que depende para afirmar-se como candidato a qualquer coisa do beneplácito de um governo reconhecidamente falido, moral e administrativamente .

*Franklin Jorge

Carlos Eduardo Alves chegou à Prefeitura de Natal sob a égide das Centrais do Cidadão, fruto de seu primeiro mandato como deputado estadual, apoiada e implantada pelo então governador Garibaldo Alves, ambos politicamente beneficiários de um projeto funcional que se transformou em um grande êxito: termos em um só lugar serviços diversos que facilitavam a vida de todos.

Confesso que passei a admira-lo ao tomar conhecimento desta proposta que fugia ao lugar comum e aparentemente assinalava o surgimento de uma nova liderança capaz de implementar na política local um novo azimute capaz de fazer, de fato, a diferença. Desejei desde então que chegasse a conquistar um mandato de executivo com condições e poderes para fazer muito mais. Vimo-nos como um realizar talvez do mesmo naipe de seu tio Alui\zio Alves, com o professor José Cortez Pereira o governador mais importante que o Rio Grande do Norte já teve.

Diz-se que o que é bom dura pouco. Assim, ao chegar à re4feitura de Natal, Carlos Eduardo foi, de mandato em mandato, enfraquecendo e por fim empanando aquela vívida e dinâmica imagem inicial que apontava para o surgimento de uma grande liderança regional. Porém o que é bom dura pouco, segundo um truísmo popular.

Amante e protetor de assessores medíocres, de olho apenas nas vantagens que o poder confere, cercou-se de gente inepta que aos poucos foi constrangendo a expectativa inicial, em especial em áreas relevantes para uma administração moderna: a Cultura e o Turismo, que se tornariam seu calcanhar de Aquiles.

Franco em seus desígnios e incapacitado para a avaliação da realidade, em um mundo digital optou por permanecer analógico, ao apostar suas fichas em gente medíocre, provinciana e autoconfiante como costumam ser os medíocres.