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O tempo passou e Carlos Eduardo não viu

Finalmente o ex-prefeito de Natal desiste de sua candidatura a vereador e deixa seus liderados a ver navios.

*Franklin Jorge

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Finalmente, acabou a novela. O ex-prefeito Carlos Eduardo Alves, o homem que m ais tem hesitado, desistiu de sua candidatura a vereador. Logo ele que pretendia, com a sua vitória, ter 29 candidatos sob a sua asa e eleger, pelo menos, 10 deles e assim ter o controle da Câmara Municipal, mandando mais do que o próprio prefeito. Também a finada ex-prefeita Wilma de Faria, antes dele, teve a mesma ideia: eleger-se vereadora e eleger uma reca de comparsa, mais de 10 e em seguida controlar a Câmara. O tiro lhe saiu pela culatra e ela mal conseguiu os votos necessários para chegar lá. Não levou em consideração que o povo começa a mandar através o uso da internet e está tomando gosto em controlar a situação.

Indiferente à realidade e ás mudanças que se sucedem numa velocidade que em seu comodismo ele não tem sido capaz de acompanhar, não lhe restou senão desistir desse projeto sem duvida suicida, a exemplo de sua candidatura ao Governo do Estado, quando foi derrotado pela notória “senadora do Gópi”, professora sem modos e sem vocabulário compatível com uma pessoa minimamente civilizada. Um vocabulário composto, na melhor das hipóteses, por umas 100 palavras.

Desprovido de malícia política, ao contrário de seu pai Agnelo Alves, e com inclinação a cercar-se e dar boa vida a quem não presta, às vezes fico pensando como conseguiu chegar tão longe em terreno tão pantanoso e propenso a engolir os incautos.

Durante a pandemia, manteve-se isolado e escondido. Poder-se-ia dizer em sua defesa que não tinha mandato, mas um político arguto teria tirado grande proveito da situação, ocupando o vácuo deixado por outros políticos que se acovardaram e não emitiram uma palavra de animo e esperança a uma população desarvorada pela incerteza.

É certo que Carlos Eduardo desperdiçou um tempo precioso com a sua inermidade agravada pelo silêncio. Faltou-lhe ação, que é o que define o político vocacionado. Certamente, sem o assessoramento de seu pai, político escolado e administrador laborioso que transformou Parnamirim, de unidade militar, em uma cidade digna dessa denominação.

Não é o Carlos Lacerda que tanto admira. É apenas mais um Carlos na política.