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O terror analógico que veio de Caicó

Na véspera das comemorações natalinas o prefeito Álvaro Dias anunciou o fim do desespero de dezenas de pais de crianças privadas de cirurgias por falta de pagamento a hospitais e clínicas pediátricas conveniadas. com a Prefeitura.

*Franklin Jorge

Depois de dias de desespero para quem tem filhos pequenos pacientes de graves doenças, o prefeito Álvaro Dias finalmente encontrou um jeito de tirar três dezenas de crianças que aguardavam cirurgias cardíacas no “corredor da morte”, negociando dívidas do município com hospitais e clínicas pediátricas conveniadas que se viram na contingência de sustar serviços de urgências porque a urgência, para o prefeito de Natal, em qualquer situação, tem sido, a promoção de festas e não os desejados cuidados com saúde da população. Em especial, das crianças dependentes de serviços públicos de saúde que aguardam há meses cirurgias cardíacas.

Possuído pela síndrome de Herodes, Álvaro Dias gasta mal os recursos do contribuinte, ao eleger como prioridades de seu governo festas populares em detrimento da saúde pública que devia vir em primeiro lugar. Insensível ao sofrimento e ao desespero de três dezenas de  crianças e de suas famílias, sua aposta é no divertimento, não na preservação da vida. Isto explicao abandono de crianças no que podemos chamar de “corredor da morte”, sem o atendimento médico necessário, por falta de investimentos da Prefeitura numa área geralmente sujeita à incúria e à indiferença dos governantes.

Devendo a clínicas e hospitais conveniados que prestam serviço ao Sistema Único de Saúde [SUS[, a perversidade do prefeito Álvaro Dias se requinta no desprezo a vida. Sobretudo à vida de crianças condenadas à morte, pois o prefeito, como é sabido de todos, prefere investir em festas como o Carnaval a dispensar os meios necessários ao atendimento de quem tem sua vida em risco. Crianças que têm pai e mãe, irmãos e avós que sofrem e se afligem diante do genocídio provocado pela falta de atendimento médico adequado.

De uma só lapada, o prefeito de Natal em sua capacidade de fazer o mal, atinge toda uma categoria – dos professores humilhados e espoliados em um direito legítimo – e crianças enfermas que não podem contar com tratamento médico porque a Prefeitura não repassa recursos à saúde e deve aos fornecedores, porque para ele é mais vantajoso promover festas em detrimento de necessidades urgentes.