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O verniz dos mestres repercute em Fortaleza

Escritor, crítico literário, professor e jurista, um dos nomes exponenciais da Cultura Cearense, Dimas Macedo dá-nos suas impressões de leitura sobre O verniz dos mestres [Editora Feedback, 2021]

*Dimas Macedo

As anotações e pastiches de um leitor de Marcel Proust, reunidas em O verniz dos mestres constitui um monumento de síntese e de apuro estético e estilístico de um grande crítico literário que se esmera na escrita e no achado existencial e filosófico que marca a arte do ensaio que Franklin Jorge desvela.

A sua inquietação, o significado da sua obra literária e o seu intercâmbio com as linguagens culturais que Franklin Jorge aproxima são cortes que já enchem de luz a Literatura Brasileira e, especialmente, a do Ceará-Mirim, sua terra natal.

Li e reli O verniz dos mestres, as suas polifonias e as suas lições, os seus achados semânticos e a cultura do ensaio que aí se acham resguardados.

O verniz dos mestres é um convite à fruição estética e à Literatura que se faz com o corpo e o espírito, com o sangue e a carne e com as potências da alma que se partem nos rios da linguagem.

O ensaio de Franklin Jorge é consagrador, não apenas da obra de Marcel Proust, mas da sua trajetória, da inquietude e dilaceração de escritor que investiga o mundo literário a partir da atmosfera de Natal e do Ceará-Mirim.

O dom das palavras e as suas formas de expressão e de escrita o sustém no seu estro vital. A vida e a Literatura fundem-se no seu texto, e os signos autológicos e antológicos da sua escritura nos dizem da sua seriedade como escritor e crítico literário de talento.

Canecas Feedback financiaram a edição deste livro