*Franklin Jorge
A necessidade e o desespero tornam o homem audacioso e capaz, as vezes, de atos desassombrados e, num certo sentido, heroicos. O covarde se transforma em valente, empunha a lança ou empunha a espada em luta pela sobrevivência ao sentir-se ameaçado.
O Rio Grande do Norte tem se transformado em refúgio e território de tais guerreiros finalmente desceram de cima do muro ou deixaram para trás as trevas que lhes serviam de escudo e manto, fazendo-se presentes na arena política, confiadamente, pois acreditam que temos a memoria curta e diminuta a capacidade de entender e interpretar os fatos que nos assolam.
Que faziam todos essa destemerosa cavalaria durante os dois anos de Pandemia, quando, por exemplo, a má política da atual governadora decretava a falência de milhares de pequenos empreendedores e o fim inexorável do emprego, ao exigir que todos ficassem em casa? Alguém se lembra de alguma ação do ex-prefeito de Natal em defesa dessa gente que perdeu o emprego e viu os seus passando fome e em desespero?
Quem mais, dos nossos políticos profissionais, levantou-se em defesa dos norte-riograndenses?
Quem teve a audácia de defender interesses de seus próprios eleitores? Dou um doce e uma cocada para quem apontar um desses que agora se apresentam como guerreiros que, deixando um pouco seus interesses de lado, durante a peste tivesse a mínima ação, digna de reconhecimento, em defesa da nossa terra e do nosso povo? O ex-senador Garibaldi Alves? Seu filho Waltinho? O ex-deputado Henrique Eduardo? José Agripino? João da Prata? Rosalba Ciarlini? Betinho Rosado? Ney Lopes de Souza? Álvaro Dias? Paulinho do Carnatal? Quem? Quem?
Toda essa cavalaria, por tanto tempo escondida, reaparece agora botando banca e se fazendo notar pelo alarido com que pretendem mistificar a incapacidade ação quando se fazia necessária e teria sido bem. Fingindo-se passar pelo que não são nem serão, pois se lhes sobram interesses, faltam-lhes a coragem e a hombridade de honrar compromissos. São políticos que lutam apenas por um mandato e os privilégios que proporcionam a pessoas espertas. Na verdade, não precisamos de mandatos para lutarmos por nossas convicções e pelo que no parece certo. Lutemos, pois, contra os interesses desses oportunista e hipócritas que só pensam em se dar bem.