*Franklin Jorge
Dos principais candidatos à Prefeitura de Natal, destacam três nomes com chances e mais uma chance de real mudanças da máquina administrativa e do modo de governança, se algum acidente de campanha fizer desmoronar a supremacia dos atual prefeito sobre os demais candidatos, de fato considerável, mas sujeita a eventuais surpresas, possíveis em uma sociedade considerada “líquida” pela fluidez com que passa de uma coisa a outra, da água ao vinho e ao vinagre e novamente á agua, não necessariamente nessa sequencia que não podemos estabelecer sem incorrer na des-razão.
Os dois outros candidatos mais bem avaliados e prestigiosos por suas propostas, contam – em relação ao atual prefeito Álvaro Dias, que encarna velhos modelos viciosos – com um elemento inquestionável – o ineditismo, que se reveste de grandes promessas e auspiciosas expectativas: nenhum deles jamais sentou-se na cadeira de prefeito, aqui ou alhures, e isto representa um dado importante que não podemos ignorar nem subestimar. Se eleito, um ou outro em vez do atual, poderá ser bom ou mau, mas só saberemos disto, testando-os nas urnas democráticas, ou seja, optando por reais mudanças, por mudanças que fujam ao rotineiro e ao hábito e nos resgatem desse velho circulo vicioso de sucessões em que o ex-prefeito elege o próximo ou renuncia em seu favor, ou se faz suceder por um antecessor menos ruim que, geralmente, por força do hábito, se torna péssimo na próxima gestão.
Por outro lado, creio que a pandemia teve o seu lado positivo, ao fazer-nos pensar acerca das coisas, dos governantes e da temível e corrosiva realidade quis nos corrói e consome há gerações e gerações, sob o tacão dos mesmos governantes e das mesmas famílias dinásticas.
A pergunta é, queremos mais de Álvaro Dias, elegendo o candidato ungido pelo representante de uma velha oligarquia? Ou queremos de fato mudar o rumo das coisas, ao escolher entre o deputado Kelps Lima e o Professor Robério Paulino, fenômenos realmente novos e portadores de esperança para o nosso povo?