*Alexsandro Alves
A notícia pegou de surpresa muitos fãs do Universo DC. Habituados com Superman, Batman, Mulher-Maravilha ou a Liga da Justiça, uma novidade de fato nova em qualquer aspecto encheu de orgulho os fãs de super-heróis: afinal, não é qualquer dia que temos a notícia de que o mais incrível estúdio de cinema estadunidense, a Warner Brothers, o Estúdio da Caixa d’Água, planeja um filme com entidades mitológicas africanas.
Fomos acostumados a ver os mitos gregos e romanos nas telas, por vezes os nórdicos, mas nunca vimos os africanos. Quando esses filmes estrearem o estardalhaço precisará ser tão grande quanto o impacto dessa novidade. Também fomentará respeito a esses mitos, sua visibilidade mostrará o quão esses deuses se aproximam de outros panteões tradicionais. Será extasiante sobretudo para nós, brasileiros, contemplarmos na tela grande a força e a beleza de entidades que ainda hoje por aqui são reverenciadas.
A história girará em torno de uma batalha entre Iemanjá e Iansã. Ainda não foram dados mais detalhes da trama, porém as pesquisas estão sendo feitas e em breve teremos muitas novidades.
Mas não se enganem. Não é a primeira vez que estes personagens interagem no Universo DC: em fins da década de 80, a DC publicava o título Firestorm, the Nuclear Man e os orixás apareciam vez por outra nas páginas desse título interagindo com Nuclear, Nevasca e outros personagens da revista. Vejam a capa da edição 97, com Xangô empunhando seu machado Oxé, símbolo da dualidade do fatos. Ele é o gigante azul. Nessa história também aparecem Ogum, Exu, Obatalá, Oxum, Olorum, Erinlé e outros orixás.
No Brasil, Firestorm foi batizado com dois nomes: no desenho animado da Liga da Justiça, Superamigos, recebeu o nome de Tempestade, mas nos quadrinhos, seu nome é Nuclear. Suas histórias foram publicadas na revista Superamigos, depois em DC 2000, ambos os títulos pela Editora Abril.