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Pandemia expõe a má índole de políticos brasileiros

Colaborador de Navegos, o jornalista baiano disseca as más intenções Rodrigo Maia e David Alcolumbre, presidentes da Câmara Federal e do Senado, ambos do DEM, que não deixam o projeto do foro privilegiado andar, dessa forma calando pelo arbítrio a insurgente “voz rouca” das ruas

*Reynivaldo Brito

A sabedoria popular diz que não devemos confiar em políticos. Eles mentem, caluniam, e só visam seus interesses pessoais em detrimento dos interesses do povo e do país. A grande maioria entra na política para se beneficiar, e os tribunais estão cheios de processos envolvendo políticos que praticaram ilícitos de todo tipo, sem falar nos já condenados, a exemplo do ex-presidente Lula, condenado duas vezes em segunda instância. Evidente que existem exceções, mas infelizmente ainda são minoria.

Veja o caso do Congresso Nacional onde cerca de um terço dos parlamentares têm processos por cometimento de ilícitos, sem falar nos chamados tiros surdos, que são aqueles que cometem crimes e continuam imunes. Isto ocorre porque existe no Brasil uma excrescência que se chama “foro privilegiado” que beneficia do vereador ao senador que cometem crimes. Isto fortalece a impunidade, e em consequência a corrupção.

Tramita  um projeto no Congresso Nacional visando restringir o foro privilegiado, e o mesmo não anda porque  estão sentados em cima dele o David Alcolumbre, presidente do Senado, e o Rodrigo Maia, Presidente da Câmara  Federal, ambos do DEM, este partido que é uma versão piorada do antigo MDB.

Agora , com esta pandemia visualizamos nitidamente o que é o político brasileiro. Ao invés de estarem preocupados com a saúde da população os governadores se uniram em blocos tentando levar vantagens políticas de qualquer forma. Primeiro, foram os péssimos gestores da região Nordeste capitaneados, imagine por quem? O Rui Costa, que provocou um retrocesso de uma década no Estado da Bahia.

Ronaldo Caiado radicalizou e prendeu até uma senhora que saiu à rua para resolver problemas pessoais.

Em seguida,veio o boneco paulista do João Dória que seguindo os nordestinos pediu ajuda ao governo chinês através da embaixada. Apelaram logo para a China , que originou esta pandemia em todo o mundo, e que deu mal exemplo, escondendo até onde pode , contando com a complacência da OMS, hoje, dirigido por um comunista etíope.

Saíram na frente fechando tudo , provocando até um início de desabastecimento, e o João Dória partiu para ameaçar de prisão e invadir o sigilo telefônico das pessoas para monitorar e prende-las se saírem às ruas. Os governadores do Rio de Janeiro , Wilson Witzel e até o Ronaldo Caiado, de Goías, também mandaram prender pessoas que estavam nas ruas. Imposta esta ditadura pelos governadores, alguns prefeitos seguiram à risca suas determinações.

Os paulistas começaram a contestar a radicalização do Dória e suas medidas.

Mas como era previsto vieram as reações, e o que vimos na semana passada foi os radicais relaxando um pouco estas medidas, senão o caos social viria com muita rapidez.

Ninguém sabe o que vai acontecer. Dizem que ainda temos 15 dias de quarentena. É hora de pensar como será esta volta paulatina à normalidade, sem radicalismos de governadores e prefeitos oportunistas.

Estamos numa Federação e estas regras deveriam ser ditadas pelo Governo Federal, embora o ex-advogado do PSDB, e agora ministro do STF, Alexandre de Moraes, tenha decidido o contrariando