*Alexsandro Alves
Os vários períodos de produções na Casa dos Festivais estão contidos nessas dezenas de fotos abaixo. As produções originais de 1876 ficaram em cartaz, com poucas modificações até 1945, quando o teatro é interditado, após o bombardeio da cidade.
Embora que Siegfried Wagner (06/06/1869 – 04/08/1930), tenha modificado alguns detalhes das produções do seu pai, praticamente não ocorreram mudanças artisticamente profundas. Siegfried incorporou, ao invés disso, as novas tecnologias surgidas na sua época.
As intenções estéticas permaneceram.
Com a morte de Siegfried, sua esposa Winifred Wagner (23/06/1897 – 05/03/1980), assume a direção da Casa. Então, a partir de 1930, o teatro torna-se um caldeirão político nazista. Aos poucos, bandeiras e outros símbolos do partido são incorporados às produções.
As fotos.
Em 1945 os festivais são interrompidos pela primeira vez. Em 1951, sob a direção dos irmãos Wieland (05/01/1917 – 17/10/1966) e Wolfgang Wagner (30/08/1919 – 21/03/2010), e o compulsório afastamento de sua mãe, a Casa é novamente aberta com uma produção de Parsifal.
Essa produção, de 1951, regida por Hans Knappertsbusch (12/03/1888 – 25/10/1965), e já amplamente comercializada, é o início da Neu Bayreuth, Nova Bayreuth, com seu despojamento cênico e predominância da iluminação para criação de uma atmosfera onírica e a atemporal.
As fotos.
Abaixo, fotos da famosa produção de Tristão e Isolda, Nova Bayreuth, 1966. Essa produção, disponível em áudio e em vídeo (embora o vídeo não seja da mesma apresentação em Bayreuth, mas de uma apresentação posterior levada por Wieland para Tóquio, com praticamente o mesmo elenco da de Bayreuth).
As fotos.
Essas produções são de Wieland Wagner, mas seu irmão, Wolfgang, que era responsável pela parte administrativa e financeira do Festival, também contribuía na parte artística. Abaixo, algumas fotos de suas produções.
Este estilo intimista prevalece até 1976, embora que Wolfgang aos poucos conseguisse reintroduzir elementos mais naturalistas. Na década de 70, intimismo e naturalismo conviveram lado a lado em Bayreuth. No ano do centenário do Festival, uma nova produção do Anel é estreada, dirigida pelos franceses Patrice Chéreau (02/11/44 – 07/10/2013) e Pierre Boulez (25/03/25 – 05/01/2016).
As fotos.
Após Chéreau, Harry Kupfer impressiona positivamente com seu Anel, que permaneceu em cartaz de 1988 a 1992.
As fotos.
Em 2006, Tankred Dorst (19/12/25 – 01/06/2017) estreia um novo Anel, esta produção mescla aspectos míticos com realismo:
Continua…