Franklin Jorge
O desmonte da Lava Jato começou com o conluio entre o presidente do STF, Dias Toffoli, e o presidente Jair Bolsonaro. O ministro da Corte melou a investigação sobre Fabrício Queiroz que, consequentemente, blindou Flávio Bolsonaro, chefe de milícia ou ligado a tais forças paramilitares de grande periculosidade.
Sua riqueza chama a atenção. O cara é um Midas, tão fenomenal quanto os Lulinhas do condenado. A trama ampliou-se: ficou mais blindada. Bolsonaro sacrificou a Lava Jato em benefício de seu pimpolho fora da lei. Nesse último round, antes da paradeira e do desmantelamento da operação vitoriosa, ações orquestradas para parecer ininterruptas. Mas é tudo peixe pequeno. Nada de peixe grande.
A lava jato chegou perto demais dos calcanhares da prole do presidente Bolsonaro, que sacrificou a Pátria à família. Toffoli, Rodrigo Maia, Davi Alcolumbre, formam o triunvirato do mal. A máfia dos três poderes em concluio corrosivo contra a Nação.
Bolsonaro conta puder calá-lo, oferecendo-lhe a toga. Ou a um evangélico vendilhão do Templo.
O presidente Bolsonaro ainda não percebeu que a jogada agora é outra. Há fanáticos dos dois lados, mas aqui prepondera o bom senso. Sempre vamos querer que o bom senso prevaleça. Que as leis tenham a mesma força e medida. Que para alguns ela seja mais leve e elástica. Diferenciada.
Aqui, no RN, é o mesmo chouriço. Quando não se alevanta a voz de Jerônimo.
Franklin Jorge, diretor de Redação da Navegos, é autor dos livros “Ficções Fricções Africções” (Mares do Sul; 62 págs.; 1999), “O Spleen de Natal” (Edufrn; 300 págs.; 2001), “O Livro dos Afiguraves” (FeedBack; 167 págs.; 2015), dentre outros.
CONSPIRAÇÃO Da esq. à dir., os presidentes do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, da República, Jair Bolsonaro, e do Senado, Davi Alcolumbre; eles teriam selado um pacto para que mais nenhuma autoridade expressiva dos três Poderes seja alcançada pela Lava Jato ou quaisquer outras investigações