*Franklin Jorge
A morte de Clériston Pereira, 46 anos, conhecido e reconhecido como Clezão do Ramalho, pode constituir-se em uma força capaz de fazer tremer ditadores, traidores e tiranos que sequestraram as leis e as instituições, fazendo de um povo livre, escravo. Reduzindo-o à miserabilidade, às privações e ao desespero.
Clezão seja o símbolo de uma luta que há de ser de todos: a luta pela Liberdade de um Povo traído por seus generais. Um povo traído por seus PREPOSTOS parlamentares, pagando-lhes bem, dando-lhes benesses e privilégios, sem nunca ou quase nunca importunar lhes com pedidos e admoestações; e, se for eleitor deles, lembre-lhes que tiveram seu voto. Que as torturas e a morte, misericordiosa, de Clezão, nos ilumine e fortaleça nessa convicção à luz do nome de um Herói Popular, torturado e assassinado pelo Regime Atual, imposto pelo STF e por uma Força Militar acovardada.
Havia muito essa morte foi anunciada aos Quatro Ventos e, sistemática e preventivamente alertada, segundo a praxe. Mas instituições que se apresentam como defensoras dos direitos humanos e civis, fizeram ouvidos de mercador e ignoraram quaisquer sinais visíveis como meros alarmismos. Essa morte súbita, havia muito prevista e demandada por Clemência, reveste-se em sua inexorabilidade de grande sentido simbólico. Registra nos anais da História a primeira morte de preso político sob o atual regime de xxceção que asfixia e aterroriza os brasileiros de bem.
Sua morte, após tortura impiedosa e sistemática nos porões desse regime, durante meses degradantes, graças a um judiciário que sequestrou a Constituição Federal e instalou-se no Poder Absoluto.
Primeira vítima fatal da temível tirania em curso no Brasil, a morte de Clériston, sob tortura sistemática e impiedosa do ministro Alexandre de Moraes, acobertado e protegido pelo senador Rodrigo Pacheco; reveste-se a morte de Clériston, o Clezão do Ramalho, de um poder extraordinário pelo impeachment do senador Rodrigo Pacheco, cúmplice por omissão e no interesse de seu arrivismo, dessa primeira morte de um regime medonho. Consentido por esse mineiro sem honra.
Nós, brasileiros, em memória de Clezão do Ramalho, devemos nos unir pela revogação dessas prisões arbitrárias e sentenças infundadas, abusivas e grosseiras editadas sem apelação pelo Príncipe do Judiciário e seus ajudantes togados. Por Clezão do Ramalho devemos reagir e cobrar, do senador mineiro Rodrigo Pacheco, por sua omissão criminosa nesse triste caso de conhecimento público.
Por Clezão devemos nos unir pelo impeachment do senador Rodrigo Pacheco, por crime de responsabilidade, sequestro da Presidência do Senado e traição ao Brasil. Devemos, por Justiça, reconhecer que é o 1º preso político do regime em vigor, a morrer miseravelmente, sob continuada e rotineira tortura emocional, psicológica, mental em meses de confinamento em campo de concentração do judiciário, em Brasília.
Clezão do Ramalho! Rogai por nós, patriotas.