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Petrarca Maranhão e a Academia

Colaborador de Navegos, em suas escavações no tempo, recupera importante fase da biografia de intelectual que deixou sua marca na história.

*José Vanilson Julião

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Nesta série sobre o escritor amazonense com raízes no Rio Grande do Norte, Petrarca Maranhão, vez ou outra comento detalhes do escrito e por escrever.

Numa dessas vejo a “perseguição” do editor Franklin Jorge sobre a insistência do personagem em se candidatar à Academia Brasileira de Letras.

Decido esclarece a questão. O que fatalmente ocorreria para detalhar ainda mais a sequencia da vida literária dele.

Franklin acerta em cheio quanto ao número de candidaturas. Em compensação destrincho que o poeta do Norte está a anos luz de outros postulantes.

Entre 1940 e 2008 um total de 147 literatos, intelectuais e afins conconcorrem uma única vez e não se elegeram.

Entre eles nomes famosos ou bastante conhecidos no meio intelectual: o paulista José Bento Renato Monteiro Lobato (1882 – 1948) e o chargista mineiro Ziraldo Alves Pinto (Caratinga, 24/10/1932).

A lista de candidatos não eleitos mais de uma vez é composta pelos seguintes intelectuais:

o recordista é Diógenes Magalhães (22), seguido de longe por Pascoal Villaboim Filho (10), Arnaldo de S. Tiago (nove) Waldemar Cláudio dos Santos, Ernani Lopes (oito), Paulo Hirano (sete), Bonaparte Maia, Felisbelo da Silva, Yeda Otaviano (seis), Raimundo de Santa Helena (cinco), Petrarca Maranhão, Jeff Thomas, Felipe Vieira Souto, Marco Aurélio Lomônaco Pereira e Martins de Oliveira (quatro).

Logo depois Faustino Nascimento, José Paulo Moreira da Fonseca, Julio Romão da Silva, Loedegário de Azevedo Filho, Laurita Mourão, Maria Beltrão, Nelson Valente, Silvio Meira (três), Gilberto Mendonça Teles, Marcelo Henrique, Márcia Moura, Mário Quintana, Marylena Barreiros Salazar, Nilo Bruzzi, Nísia Nóbrega, Olavo Dantas, Oliveiro Litrento, Osório Dutra, Paulo Brossard, Paulo Pinheiro Chagas, Raimundo Araújo, Renato de Mendonça, Ruy Bueno de Arruda Camargo, Sílvio de Macedo e Vivaldi Moreira e Walmir Ayala.

O levantamento tem como base o livro “Academia Brasileira de Letras – Subsídios para a Sua História (1940 – 2008), da Coleção Afrânio Peixoto, organizado pelo acadêmico José Murilo de Carvalho.

A “Nota Explicativa”: – Este livro é continuação da obra homônima de Fernão Neves (pseudônimo do advogado, tradutor e secretário executivo da ABL Fernando Nery), “A Academia Brasileira de Letras: Notas e Documentos para a Sua História (1896 – 1940)”, republicada em edição facsimilar (2008).