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Petrarca Maranhão em Natal

Colaborador de Navegos passeia pela história provinciana e resgata curiosas personagens que se fizeram notar em sua época.

José Vanilson Julião

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“A Ordem” (826 – sexta-feira, 3/6/1938) publica pequeno anúncio com o endereço do escritório (Avenida Rio Branco, 521, Cidade Alta) do jovem bacharel em Direito (1935) amazonense e procurador regional da República (1937/43), Petrarca da Cunha Melo Maranhão (Manaus, 13/4/1913 – Petrópolis, 5/5/1985).

O diário vespertino católico indica que ele já está em sintonia com a comunidade. Tanto é que o relaciona entre os “protetores” da novena (sábado 8 de outubro) na festa de Santa Teresinha (Santuário do Tirol). Inclusive contribui com o donativo de 10$000 (dez contos de réis).

Ao lado de: “doutor” Custódio Toscano (patrono), general Felizardo Toscano, professor Otto de Brito Guerra, Domício de Brito Guerra, professor Flodoaldo de Góis, Antonio Artur de Barros, Francisco Artemio Coelho, Afrodísio Barros, Joaquim da Silva Guimarães, Jairo Tinoco, Hermes Mendes, Francisco Xavier de Brito, Honório Ribeiro Dantas, Jurandir Sitaro da Costa, Guilherme Cardoso e Dila Pena Lima.

O jornal católico volta a mencionar o personagem (segunda-feira, 18/12/1939) com nota sobre viagem ao Rio de Janeiro, pelo navio “Comandante Riper”, em férias. Situação repetida pelo mesmo e “Diário de Natal” (9/3/1942), mas no Recife. Como figurinha carimbada na sociedade local há registro do aniversário dos filhos Cláudio Múcio e Sérgio Rubens (“A Ordem”, sexta-feira 31/10/1941).

Na estadia potiguar o jornal do Centro de Imprensa revela outra atividade nunca lembrada ou desconhecida pelo pesquisadores. O envolvimento dele com a “columbofilia” (pombo correio), atividade regulada pelo decreto federal 23.905 (22/2/1934), quase um ano após a consolidação da Confederação (decreto 22.894 – 6/7/1933), subordinada ao Ministério da Guerra.

Até publica artigo de Petrarca Maranhão (25/4/1942) sobre relato da criação no Rio Grande do Norte: João Vanderlei (principal animador), José Nogueira Fernandes, tenente Ulisses Cavalcanti, professor João Galvão, Djalma Aranha Marinho, Carlos Gondim, desembargador Floriano Cavalcanti, José Bezerra Marinho, capitão Raimundo Pinheiro Filho, tenente Djalma Grandi e os irmãos chilenos Amador e Carlos Lamas (aquele mesmo fundador da Rádio Educadora de Natal/REN). Inclusive já em janeiro de 1943 era o representante da revista carioca “Columba”.

Em setembro do mesmo ano é um dos palestrantes na primeira emissora natalense. Durante a “Semana do Serviço Militar”. Em agosto do ano seguinte é o casal Petrarca/Maria Elisa Werneck Machado Maranhão apadrinha o casamento do funcionário da empresa aérea “Panair”, Rui Garcia Câmara/Eneida Pinto Barroca, com celebração do monsenhor José Alves Ferreira Landim e ato civil do juiz Vicente Lemos.

O entrosamento com a imprensa é confirmado pela entrega do relatório do procurador geral da República, o mineiro Gabriel de Rezende Passos (Itapecerica, 1901 – Rio de Janeiro, 1962), durante o exercício 1942. Consta do documento 1.611 pareceres. Em novembro/1943 viaja ao Rio para assumir cargo no Ministério da Marinha. Dois depois é eleito primeiro-secretário da Associação Potiguar na capital federal. E reeleito com a presidência de José Moreira Brandão Castelo Branco.

 

FONTES/FOTOS

A Ordem

Diário de Natal

O Imparcial

Antonio Miranda

Blog Jota Maria

Falando de Trova

Ministério Minas e Energia

Paróquia Santa Teresinha

Igreja Santa Teresinha