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Petrarca Maranhão n´O Malho

Colaborador de Navegos contribui de maneira original e pertinente para a elaboração de uma cartografia da cultura potiguar.

*José Vanilson Julião

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Após a primeira contribuição da glosa sobre o passagem do dirigível Zepellin pelo Rio de Janeiro, os artigos para a revista semanal literária “Dom Casmurro”, ao retornar a capital federal Petrarca Maranhão passa a colaborar com a revista “O Malho” da Rua Senador Dantas.

O segundo registro do nome na publicação ocorre na edição 56 (1944) na coluna “Livros e Autores” (Raul de Azevedo), que acusa o recebimento de “Miniaturas”: – Um livro de quadras simples e sentidas. Obra dum moço que tem talento e vencerá definitivamente. Já nos dera o “Turbilhão”, que foi uma bela promessa. No prefácio de Luís da Câmara Cascudo é assinalado que estamos em frente a um poeta.

Dois anos depois aparecem os artigos: “No portal do Ano Novo”, “Carnaval brasileiro” e “Viajando pelo Brasil – Aspectos e cenários fluminenses”. Em 1947, em duas páginas recheadas de poesias de diversos autores, como recalcitrante em antigo assunto de interesse, assina o poema “Columba – Os pombos-correio”, dedicado a Oswaldo de Souza e Silva e Pereira Reis Júnior.

No mesmo ano, pelas mãos do mesmo colunista, nova resenha sobre “Miniaturas”, agora devido a segunda edição. De novidade uma carta do poeta João Pires Wynne (1905 – 1974), fundador da Academia Sergipana de Letras. Enquanto retorna com artigos: “Terezopolis” (no qual advogada a emancipação política de Petrópolis).

Sendo também presenteado com pequeno anúncio sobre a vinda da segunda edição de “Turbilhão” (estudos sociais e políticos) com prefácio do romancista e historiador baiano Júlio Afrânio Peixoto (1876 – 1947), e a novel “De Manaus a Buenos Aires” (prefácio de Cláudio de Souza).

Em 1950 uma página inteira, assinada por Luiz Otávio, “Meus irmãos – os trovadores”, é recheada com rimas do maranhense José Ribamar Ferreira Gullar (1930 – 2016), Petrarca Maranhão e outros bem menos conhecidos atualmente. Neste mesmo ano Raul de Azevedo faz eloquente elogio: – Trata-se de nome familiarizado em jornais e revistas. Sabe manejar o verso e um especialista em folclore…

  1. “O Malho” estampa fotografia do jornalista Nidoval Reis e Petrarca em visita ao poeta paulista Guilherme de Andrade Almeida (1890 – 1969). 1953. A “Página da Musa” recheada de trovas, uma delas do Maranhão, frequentador assíduo.

A penúltima menção, na seção “O poeta do mês”, enumera novas obras (“Lago Azul”, “Filigranas” e “Ritmos e Canções”). Até lembra que foi procurador no RN, sendo funcionário, na ocasião, do Ministério da Justiça.

Encerra com a resenha “Um poeta sentimental”. Sobre o trovador Adelmar Tavares dos Santos. Ao todo o nosso herói é citado 32 vezes entre 1944/53.

 

FONTES

O Malho

Ebiografia

Minha Terra é Sergipe