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Prefeito abandona Pitimbú

Embora se esforce para vender a imagem de endereço turístico ao resto do país e ao mundo, Natal é uma cidade que prima pelo desrespeito aos seus cidadãos.

*Da Redação

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A STTU, órgão da Prefeitura de Natal, está defecando para usuários do Transporte Coletivo. Não fiscaliza, não, constrói, não realiza, não pune empresas infratoras que atentam contra a integridade, sobretudo, dos idosos. Na Avenida Xavantes, uma das principais artérias de Pitimbú, esse descaso e desconsideração está à vista de todos. É uma afronta aos moradores que usam esse serviço que é a cara do prefeito Álvaro Dias.

Não há paradas, exceto postes que servem de referência. Um velho não tem o direito básico de se sentar enquanto espera e, como os demais, não conta com coberturas contra o sol e a chuva que não atendem aos interesses das autoridades, que parecem desejar que não chova nem faça sol e assim dão seu trabalho por realizado, sem se importarem com o conforto de ninguém.

Fotografei ontem uma parada próxima ao Hemolab, na referida avenida que liga Pitimbú ao Planalto. Não tem cobertura e termina num barranco antes do matagal. Entre o meio fio e o barranco há apenas uma estreita faixa de terra cheia de cascalhos e lixão que dificulta a descida do ônibus, sobretudo, e põe em risco a integridade de velhos e moços. Ontem os moradores puseram uma placa cobrando diligência da STTU, que cuida e fiscaliza (?) o setor que é dos mais precários da máquina administrativa municipal, mas precouada em satisfazer az ganância dos empresários do transporte coletivo do que atender as reivindicações dos cidadão. É que a máfia do transporte urbano financiam suas campanhas eleitorais. O povo que se exploda!

Para agravar o caso, os ônibus são velhos, desconfortáveis e disfuncionais. Os assentos são recobertos por um plástico escorregadio que tira toda estabilidade; quando o ônibus freia bruscamente ou desenvolve alta velocidade, como é comum e rotineiro, joga-nos para o banco da frente ou derruba quem está de pé, como se sacos de batatas fôssemos. Não há respeito nem dignidade nesse serviço de primeira necessidade: a locomoção, a liberdade de ir e vir sem correr riscos, que nos é sonegada de diversas formas

De fato, não há respeito nenhum das autoridades para com os cidadãos de uma cidade que se jacta de ser o que não é. Enquanto em outras cidades o transporte gratuito beneficia idosos a partir dos 60 anos, aqui acrescentaram a essa soma mais cinco anos e todos tem que provar aos motoristas,  toda vez que embarcam, que já estão com o pé na cova, mostrando a chamada “carteirinha dos velhos” ou prova de identidade que alguns motoristas leem enquanto dirigem, colocando em risco a vida de velhos e novos. Se pelo menos tivéssemos um Ministério Público decente co0m o qual o cidadão pudesse contar…