*Da Redação
Uma ideia simples e eficaz para resolver dois problemas de uma só vez, foi posta em prática pela Prefeitura de Curitiba, ao adquirir de artesãos locais 15 mil máscaras à cooperativa Mãos Criativas, contribuindo dessa forma para dar emprego e renda e frear o superfaturamento por comerciantes gananciosos. Um exemplo que podia ser adotado por outros governantes que de fato se preocupam com o bem-estar da população. A medida estimulou outros artesãos que participam da Feirado Largo da Ordem, que estão produzindo e vendendo máscaras em feira OnLine. Abaixo, a transcrição do texto publicado na página da Prefeitura:
Além de prevenirem a propagação do novo coronavírus, as máscaras caseiras têm ajudado a reduzir os prejuízos de artesãos de Curitiba por conta da suspensão da Feira do Largo da Ordem durante a pandemia.
No site da feira, lançado pela Prefeitura, na semana passada, é possível comprar o equipamento de proteção artesanal que passou a ser obrigatório para todos os curitibanos que precisam sair de casa.
Cheios de criatividade, os profissionais do artesanato vêm investindo com força na fabricação das máscaras, que seguem as recomendações do Ministério da Saúde, e estão comercializando na plataforma da Feirinha na internet.
“Estou recebendo muitos pedidos de máscaras graças ao site da feira”,
conta Lucimara Costa da Rosa, que confecciona em seu ateliê no Novo Mundo máscaras de TNT em tecido duplo com divertidas estampas de sorriso, unicórnio, coringa, caveira e Salvador Dali (em referência à máscara do seriado Casa de Papel do Netfllix). As peças custam R$ 10 (sem entrega).
“Busco levar um pouco de alegria para as ruas”, afirma a artesã que, normalmente, cria porta-objetos e capas de celular que são vendidos no Largo da Ordem e na Feira do Água Verde.
Quem também voltou à máquina de costura para produzir máscaras caseiras e comercializar na plataforma da Feirinha é a artesã Roxana Gonzalez. Em seu ateliê, no Portão, a empreendedora costumava produzir apenas bolsas e mochilas em tecido. Ela conta que, após a Prefeitura editar a resolução que obriga o uso de máscaras, resolveu confeccionar o equipamento de proteção artesanal.
“Tenho opções com estampas, inclusive de personagens de quadrinhos e desenhos animados, muito procuradas para as crianças. Já as lisas, principalmente brancas e pretas, são mais vendidas para homens”, salienta ela,
que oferece peças também a R$ 10 (sem entrega).
Dona do ateliê Pauleskka Artesanatos, no Água Verde, Ana Paula Claro também começou a produzir e vender máscaras na plataforma da Feira do Largo da Ordem.
“Com a suspensão das feiras do Largo da Ordem e do Santa Quitéria, onde vendo bolsas e necessaires em tecido e caixas em MDF, o site está me ajudando a vender e as máscaras são uma novidade que estão tendo uma boa procura”, comemora ela.
Os equipamentos de proteção artesanais, feitos em algodão de tecido duplo, custa R$ 6 (com entrega grátis no Água Verde) e trazem estampas lisas ou de caveiras e personagens de desenhos animados ou quadrinhos.
Uma boa ideia
Todas as artesãs comemoram a criação do site da Feira do Largo da Ordem.
“Vender pela internet está me ajudando neste momento muito difícil”, reconhece Roxana. Mas elas também não vêem a hora de poder voltar a comercializar seus produtos na tradicional feirinha de domingo e nos pontos de artesanato nos bairros. “Nada como ter o contato direto com turistas e fregueses”, garante Lucimara.
Feirinha on-line
O site da Feira do Largo da Ordem já reúne 364 artesãos de Curitiba e Região Metropolitana. Moderna e bem otimizada, a vitrine virtual do espaço do Prefeitura é toda baseada em imagens dos produtos dos artesãos.
Além das máscaras de proteção artesanais, a plataforma reúne artesanato alimentício; artes plásticas; arte em madeira; arte em plástico; arte em tecido; brinquedos; colecionador; decorativos; sabonetes, velas e difusores; utilitários e vestuário.
Fonte: Prefeitura de Curitiba